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Mais de 50% das mulheres do país não fazem papanicolau

Ele é o principal preventivo do câncer de colo de útero, o terceiro tumor mais comum entre as brasileiras

Por Da Redação
Atualizado em 10 set 2018, 16h01 - Publicado em 15 jan 2018, 21h09
 (thinkstock/ThinkStock)
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O câncer de colo do útero é o terceiro tumor que mais atinge a população feminina no Brasil, segundo dados do INCA. Ele fica atrás apenas do de mama e de colorretal, além de ser a quarta causa de morte de mulheres no por câncer no país.

Exames são capazes de identificar não só a doença, como também a possibilidade de desenvolvê-la. É o caso do papanicolau; um preventivo eficiente, mas negligenciado pela maioria: mais de 52% das entrevistadas não realizam o procedimento, segundo a pesquisa Panorama sobre Conhecimento, Hábitos e Estilo de Vida dos Brasileiros em relação ao Câncer da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica.

“O dado é alarmante, pois a incidência da doença pode ser reduzida em até 80% quando feito com a periodicidade indicada pelo médico”, explica a oncologista Andreia Melo, diretora da organização. Ela fala a CLAUDIA sobre a doença e o preventivo:

É verdade que o vírus HPV está relacionado ao câncer de colo de útero?
Sim. A maior parte dos casos de colo de útero estão relacionados à infecção por esse vírus, chamado de Papilomavírus Humano. O HPV é uma das doenças sexualmente transmissíveis mais comuns no mundo. Nem todas as mulheres que já tiveram ou entraram em contato com ele terão câncer de colo de útero; mas sabemos que, quando há o tumor, ele está presente em quase todos os casos. As razões ainda estão sendo investigadas pela ciência.

O papanicolau é a única forma de se descobrir o câncer de colo de útero? Como funciona o exame?
O papanicolau é um exame preventivo.  É recomendado antes mesmo de se procurar um diagnóstico mediante qualquer queixa ou suspeita. Através de uma coleta de células da superfície do colo do útero e do canal que ele se comunica com a vagina, o patologista observará se existem alterações ou lesões nas células da região antes do surgimento de qualquer doença ou tumor. O ginecologista também consegue observar durante exames clínicos na consulta, mas, nesta situação, o caso já pode estar em um grau mais avançado.

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Qual a frequência indicada para a realização do exame?
O exame deve ser feito por dois anos seguidos e, da segunda vez em diante, poderá ser realizado com intervalos de três anos. A recomendação pode mudar em casos específicos, como nas pacientes portadoras de HIV. Exatamente por um espaçamento tão amplo, as mulheres podem recorrer ao Sistema Único de Saúde e aguardar a agenda do sistema.

Quem pode ter acesso gratuito a ele?
Todas as mulheres entre 25 e 70 anos. Sabemos que é um exame desconfortável, que algumas mulheres se sentem constrangidas, mas é de extrema importância.

Existem outras formas de prevenção?
Além das consultas periódicas com o ginecologista, não podemos esquecer que já existe uma vacina segura e gratuita contra o HPV – como já mencionado, um dos principais fatores de desenvolvimento da doença. O uso do preservativo também é indispensável.

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