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Maioria dos brasileiros não sabe como se prevenir do diabetes

Pesquisa revela o desconhecimento da população sobre fatores de risco do diabetes, como obesidade e sedentarismo. A doença afeta 13,4 milhões de pessoas no país e pode ter consequências graves

Por Mariana Bomfim
Atualizado em 28 out 2016, 14h40 - Publicado em 28 out 2013, 22h00
Mariana Bomfim
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Os brasileiros ainda não sabem qual a melhor maneira de se prevenir do diabetes, de acordo com pesquisa realizada pelo Ibope em seis capitais do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Recife). A maioria dos entrevistados acredita que basta controlar a ingestão de açúcar e poucos citam o sedentarismo e o tabagismo como fatores de risco da doença. A pesquisa faz parte da campanha Diabetes: Mude Seus Valores, criada pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) para conscientizar a população sobre a prevenção da doença no país todo.

Em 2012, havia 13,4 milhões de portadores de diabetes no Brasil e, entre 2000 e 2010, mais de 470 mil pessoas morreram por causa dele, número que coloca o país na 4ª posição em prevalência da doença no mundo. “Precisamos conscientizar o público de que o diabetes é uma doença que pode ser prevenida e controlada, mas é necessária uma grande mudança de valores”, explica o endocrinologista Luiz Turatti, vice-presidente da SBD.

A mudança não significa simplesmente diminuir o consumo de açúcar, como explica o presidente da SBD, Balduíno Tschiedel . “O açúcar, por si só, não causa diabetes. O problema é que quem ingere muito açúcar geralmente também tem alto consumo calórico, o que leva à obesidade. E a obesidade, sim, é um fator de risco para o diabetes”. Ainda segundo Tschiedel, 80% dos diabéticos têm sobrepeso ou obesidade.

Os números se referem ao tipo 2 da doença, que corresponde a 90% dos casos e é caracterizado pelo aumento da quantidade de açúcar no sangue devido à produção insuficiente de insulina pelo pâncreas ou pela resistência do próprio organismo à ação dela. Não confunda com o tipo 1, uma doença autoimune mais incomum, que ocorre principalmente em crianças e jovens e na qual a pessoa precisa tomar injeções diárias de insulina porque seu pâncreas não produz a substância. Ao contrário do tipo 1, o tipo 2 pode ser prevenido, já que ele se desenvolve ao longo da vida por conta de maus hábitos, como a obesidade, o estresse e o tabagismo. É por isso que os novos valores devem se basear principalmente em adotar numa alimentação balanceada, praticar atividade física regularmente e parar de fumar.

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Se não for controlado, inclusive com medicamentos, se necessário, o diabetes pode ter consequências sérias, como doenças cardíacas, acidente vascular cerebral (AVC), hipertensão, cegueira, falha renal e amputações. Como apresenta poucos sintomas, frequentemente ele é diagnosticado tardiamente. Assim, é importante manter seus exames em dia e ficar atenta à presença dos seguintes sintomas:

  • Urinar muito
  • Sede excessiva
  • Aumento do apetite
  • Perda de peso
  • Cansaço
  • Visão turva ou embaçada
  • Infecções frequentes, sobretudo na pele
  • Feridas que demoram a cicatrizar
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