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Lipo: saiba por que a gordura troca de lugar e pode ser perigosa

Esse tipo de cirurgia plástica retira a gordura de um ponto do corpo, mas depois ela acaba indo para outras partes, onde ameaça a saúde. Mas há como fugir desse problema. Confira.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 15 jan 2020, 04h04 - Publicado em 16 jun 2014, 21h00
Theo Ruprecht - Edição: MdeMulher (/)
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Segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, em 2011, 905 mil lipos foram realizadas no Brasil.
Foto: Getty Images

 

Por que a lipo oferece perigo

Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) traz informações concretas sobre as consequências deletérias da lipoaspiração. Em sua tese de doutorado, a educadora física Fabiana Braga Benatti recrutou 36 mulheres que tiveram os excessos do abdômen sugados. Após aproximadamente 60 dias, metade das voluntárias começou a se exercitar, enquanto a outra permaneceu inativa. Conclusão: as sedentárias, seis meses depois de investir na operação, haviam reconquistado boa parte da gordura perdida. “Quando ocorre uma retirada súbita dos estoques de energia, o organismo lança mão de mecanismos para repô-los depressa”, explica Fabiana. “Notamos, por exemplo, uma queda no gasto calórico de repouso das participantes”, diz. Ou seja, o ritmo do metabolismo diminui, contribuindo para que abusos à mesa acarretem ganho de peso.

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Quando a gordura troca de lugar

Na lipo o cirurgião faz, em suma, furinhos na pele por onde coloca uma cânula e, aí, executa movimentos de vaivém para quebrar os adipócitos, unidades do corpo que armazenam gordura. Como o equipamento fica ligado a uma espécie de aspirador, os restos dessas células e a banha em si são chupados, o que desinfla os pneus. Entretanto, como o tecido adiposo da área operada foi arrasado, compostos gordurosos provenientes da alimentação não podem fixar residência ali. Então, buscam moradia nas profundezas do abdômen, onde passam a formar a gordura visceral, aquela que, além de deixar a barriga inchada e dura, produz substâncias inflamatórias em maior escala. “Existe uma associação entre essa barriga e o aumento do risco de sofrer doenças cardiovasculares”, avisa Fabiana. Aliás, no final do estudo da USP, as sedentárias possuíam mais gordura visceral do que antes da cirurgia.

A importância da atividade física

As mulheres examinadas na pesquisa da USP que passaram a malhar depois de entrar na faca não voltaram a ganhar gordura corporal. Pelo contrário, elas enxugaram ainda mais suas medidas. E melhor: aquele acúmulo na região visceral observado entre as inativas não deu as caras nessa turma. Isso, claro, tem a ver com o aumento no gasto calórico durante o treino. “Mas não é só isso. Entre outras vantagens, uma musculatura exigida com frequência guarda moléculas de gordura no interior de suas fibras para utilizá-las como substrato energético no futuro”, completa a bióloga Marília Cerqueira Seelaender, professora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP. Assim, elas não enchem os adipócitos situados entre os órgãos, o que implica menos inflamação. O coração e o resto do organismo agradecem.

Contudo, não dá para deixar a sala cirúrgica, calçar um tênis e já sair correndo pelas imediações do hospital. “Em especial antes de tirar os pontos, o que demora cerca de 15 a 20 dias, o paciente só pode andar um pouquinho”, orienta Maria Carolina Coutinho, cirurgiã plástica do Hospital do Coração, em São Paulo. É aí que várias pessoas voltam a engordar. “Na sequência, liberamos práticas leves e sem carga. Musculação geralmente é contraindicada nesse período”, prescreve a médica. Apenas na sexta semana de recuperação é possível intensificar a movimentação.

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