Fumei por 30 anos e me livrei do vício
Troquei os quatro maços de cigarro diários por uma vida muito mais saudável. Foi um ótimo negócio!
Não foi fácil, mas valeu a pena.
Hoje estou mais bonita, ativa e feliz!
Foto: Divulgação
Comecei a fumar aos 13 anos. Na época, não havia campanhas sobre os males do cigarro. Ao contrário, o que tinha era muita propaganda! Quem não fumava estava por fora. Aos 20 anos, eu já consumia um maço e meio por dia, mas achava que, se quisesse parar, seria fácil. Doce ilusão…
Me casei aos 30 anos com um fumante. Aí, liberou geral, né? O cigarro entrou nas previsões de gastos do orçamento doméstico. Quando fazia a lista de compras do mês, escrevia lá: arroz, feijão e… 14 ou 15 pacotes de cigarro! Juntos, eu e meu marido consumíamos uns cinco maços por dia. Com o vício, por mês nós gastávamos o equivalente a um salário mínimo (R$ 350).
E o prejuízo não era só financeiro. Eu vivia com tosse e pegava gripes que duravam uns meses. Minha gengiva era cor de vinho. E sangrava. Não havia antibiótico capaz de conter as infecções na boca. Claro, eu não eliminava a causa, o tabagismo. O dentista avisou que uma área da boca necrosou por causa da nicotina. Perdi quatro dentes inferiores de uma só vez. Os que sobraram, amarelados, criavam cáries.
Quando soube que estava grávida, aos 35 anos, entrei em parafuso. Eu queria parar de fumar, sentia culpa, só que estava além das minhas forças. Mesmo com as pessoas me acusando de ser uma bruxa, fumei durante os nove meses. Por graça divina, minha filha nasceu saudável.
Quando estava com 42 anos, um médico me falou sobre um novo tratamento, oferecido no Instituto do Coração de São Paulo (Incor). Eu sabia que não haveria milagre, mas me agarrei à oportunidade. Meu tratamento incluía acompanhamento psicológico e medicamentos.