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Estudo aponta grandes mudanças no cérebro de mães após o parto

As mudanças duram até dois anos após o nascimento dos filhos.

Por Débora Stevaux Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 dez 2016, 19h18 - Publicado em 20 dez 2016, 19h16
 (Studio Annika/ThinkStock)
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A chegada de um novo ser humano ao mundo implica diversas mudanças na vida daqueles que estão à sua volta – principalmente das mães. Mas o que a comunidade médica não sabia é que essas alterações também podem ser vistas no cérebro materno.

O estudo divulgado, nesta última segunda-feira (19), na publicação Nature Neuroscience, apresentou que após a gravidez, o cérebro feminino apresenta uma notável diminuição no que diz respeito à massa cinzenta presente em três regiões ligadas à empatia humana, conforme explicou a revista científica norte-americana Scientific American.

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As mudanças duram até dois anos após o nascimento dos filhos. Encabeçado pela neurocientista Elseline Hoekzema, da universidade de Leiden, um grupo de pesquisadores da Universidade Autônoma de Barcelona, chegou às conclusões após examinar regularmente o cérebro de 25 mamães-de-primeira-viagem, durante a gravidez até depois de darem à luz. 20 outras mulheres que não tiveram filhos também foram submetidas à análises para efeito comparativo.

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O levantamento também selecionou pais de primeira viagem, mas nenhuma modificação foi encontrada no que diz respeito ao sistema nervoso. As regiões cerebrais das mães que apresentaram uma redução significativa são as mesmas que apresentaram uma fortíssima reação quando elas olharam para uma foto de seu filho recém-nascido. Quando os estudiosos se propuseram a interpretar os dados, concluíram que essas transformações podem estar diretamente relacionadas à transição da maternidade.

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“Além disso, a mudança no volume da massa cinzenta das mulheres grávidas após o parto pode determinar atitudes motivados pelo apego ou hostilidade materna direcionadas às crianças”, explica o estudo sobre as alterações cerebrais que podem ser um indicativo do relacionamento entre mãe e filho.

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Os pesquisadores ainda afirmaram que as mudanças são transitórios: “Os resultados confirmam que a gravidez é capaz de modificar a arquitetura do cérebro humano e fornecer um suporte preliminar e necessário para o processo de adaptação à maternidade.”

Mudanças hormonais também são algumas das mais drásticas no corpo de uma mulher – antes, durante e após – a gravidez; tanto quanto a puberdade. Neste período, as massas cinzentas dos cérebros – tanto masculino, quanto feminino – também diminuem para que as crianças se tornarem adolescentes e enfrentem, posteriormente, a vida adulta, formando “mais circuitos cerebrais especializados e eficientes”, segundo informações da Associated Press. O mesmo acontece com as mães: mais circuitos específicos e eficazes no cérebro de novas mães.

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