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Esclareça 6 dúvidas sobre febre amarela

De acordo com o Ministério da Saúde, todos devem ser vacinados

Por Débora Stevaux Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 jan 2018, 11h27 - Publicado em 17 jan 2018, 13h19
Fila para vacinação (Paulo Pinto/Fotos Públicas/Reprodução)
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O Brasil está enfrentando um surto de febre amarela, segundo o Ministério da Saúde. Somente no estado de São Paulo, já foram registradas 21 mortes decorrentes da variação silvestre da doença, conforme apontou a Secretaria Estadual de Saúde. Além disso, a OMS (Organização Mundial da Saúde) incluiu São Paulo como área de risco.

Mireille Spera, infectologista do Instituto de Neurologia de Curitiba, esclarece as principais dúvidas:

Nós estamos enfrentando um surto de febre amarela?

Sim. Algumas cidades dos estados do Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo estão enfrentando um surto de febre amarela.

Qual é a diferença entre a febre amarela urbana e a silvestre? A que está afetando as pessoas, hoje, no Brasil, é de qual tipo?

Na febre amarela silvestre, os hospedeiros são os primatas não-humanos, ou seja, macacos. Além disso, o vírus é transmitido através da picada dos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Quando o homem que não está imunizado contra o vírus entra na mata para trabalhar ou por motivo de turismo e é picado pelo mosquito infectado,  pode retornar à área urbana iniciando o ciclo urbano da febre amarela. O ciclo urbano, por sua vez, é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Atualmente, somente a febre amarela silvestre está ocorrendo no Brasil.

De que forma a doença pode ser transmitida e quais são os sintomas que devemos ficar atentos?

A principal forma de transmissão é através da picada do mosquito infectado pelo vírus. Os sintomas da sua forma mais leve são: febre, dor de cabeça e no corpo (intensa nas articulações), cansaço, náuseas e vômitos. Já a forma mais grave se manifesta através da febre alta, olhos e pele de coloração amarelada (icterícia), inflamação dos rins e do fígado e hemorragias.

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O Ministério da Saúde emitiu um comunicado oficial dizendo que está fracionando a vacina. Como funciona esse fracionamento? Isso significa que as doses ficarão mais fracas?

O fracionamento de dose é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) quando há necessidade de realizar a vacinação em larga escala. Utiliza-se um quinto da dose habitual, segundo estudos conferindo imunidade por um tempo inferior à vacina habitual, que garante a imunidade para toda vida. Este esquema de vacinação foi implantado em 2016 na República Democrática do Congo para lidar com surtos de doenças com sucesso.

De que forma podemos prevenir o aparecimento da febre amarela? Por que se vacinar é importante?

A principal forma de prevenir a doença é através da vacinação. No caso de pessoas que vão viajar para áreas de risco, é importante que a vacina seja tomada pelo menos 10 dias antes da viagem. Aqueles que residem em áreas de risco e que não apresentem contraindicações também devem ser vacinados.

Segundo o Núcleo de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, não podem tomar a vacina contra a febre amarela:

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  • Crianças menores de 6 meses de idade;
  • Pessoas que possuam deficiência no sistema imunológico;
  • Pessoas portadoras de HIV;
  • Pessoas que estejam submetidas a tratamentos com medicamentos corticosteróides, quimioterápicos, radioterápicos e imunomoduladores;
  • Pessoas que foram submetidas a transplante de órgãos;
  • Pessoas com histórico de choque anafilático a substâncias que estão presentes na vacina como ovo, gelatina bovina etc.

O uso de repelentes também é importante como medida adicional e o combate aos focos de mosquitos nas áreas urbanas.

Como funciona o tratamento? A febre amarela pode matar? Há cura?

Não existe tratamento específico para o vírus da febre amarela, somente o controle dos sintomas. As formas leves e moderadas evoluem para cura e as formas graves apresentam uma mortalidade que pode variar de 20 a 50%.

Consulte o site do Ministério da Saúde para mais informações, incluindo zonas de risco e postos que fazem parte da campanha de vacinação.

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