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Enxaqueca: conheça causas, sintomas e tratamentos

Nem toda dor de cabeça recebe o nome de enxaqueca. Saiba mais sobre esse problema e conheça as atitudes necessárias para livrar-se dele.

Por Stephanie Bevilaqua (colaboradora)
Atualizado em 28 out 2016, 23h40 - Publicado em 20 ago 2015, 12h03

“Mais de 30 milhões de brasileiros têm enxaqueca”, é o que atesta a Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCE). No mundo, 14% da população mundial sofre com esse mal. Ela, que muitas vezes é tratada como uma “dorzinha comum”,  ainda está entre as quatro doenças crônicas mais incapacitantes do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

A dor de cabeça aparece e você já acha que é enxaqueca. Será? Para ser, as crises precisam ter duração de, no mínimo, quatro horas e acontecer por mais de 15 dias no mês, por um período de três meses ou mais.

Divulgação laboratório Libbs
Divulgação laboratório Libbs ()

Causas

Muitas vezes é quase impossível identificar a real origem das intensas dores de cabeça, embora se saiba que ela é resultado da propagação de impulsos de dor no cérebro e que há uma influência genética. Também foi comprovado que tal dor ocorre devido a múltiplos processos do organismo. E com mais intensidade nas mulheres, por conta de oscilações hormonais em todos os períodos do ciclo menstrual.

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As mais comuns estão associadas à fuga de uma rotina equilibrada, como situações de estresse, pressão, jejum prolongado, consumo de bebida alcoólica e café em excesso. Outros fatores recorrentes são o consumo de chocolate, refrigerantes à base de cola, chá preto, exposição a alta luminosidade e alterações de sono.

A crise

Ela começa quando o cérebro, que é mais sensível nos enxaquecosos, reage a algum gatilho externo, enviando impulsos para os vasos sanguíneos, causando sua dilatação e a libertação de substâncias inflamatórias que refletem em dor. Durante as crises, há alterações tanto vasculares quanto em vias neurais, que podem trazer dores que duram de 4 a 72 horas. E se repetir ao longo do mês e até da semana. 30% das pessoas ainda voltam a sentir o incomodo nas primeiras 24 horas após a crise, o que os médicos chamam de recorrência.

Sintomas

Sensibilidade à luz e barulho são os mais corriqueiros. Náuseas, enjoo e vômito também são comuns por conta da disfunção da serotonina, que pausa os movimentos peristálticos do tubo digestivo. Além disso, pode provocar sonolência por uma possível queda de dopamina, que diminui a energia do corpo.

Divulgação laboratório Libbs
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O que fazer durante a crise?

“’Apague o fogo no início’, é o que eu sempre digo”, conta a neurologista Célia Roesler, vice-coordenadora do Departamento Científico de Cefaleia da Academia Brasileira de Neurologia. Os pacientes com crises frequentes devem sempre ter seu medicamento à mão. Após a dor de cabeça iniciar, é habitual um processo de sensibilização central, que mantém a cefaleia e a torna mais resistente aos analgésicos, diminuindo sua eficácia. Isso quer dizer que, quanto mais tempo se espera para tratar a dor, mais resistente ela será à medicação.

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Além disso, é importante que o medicamento tenha sido prescrito por um médico. Assim, o indivíduo evita a automedicação e o abuso de analgésicos, que podem não ser a substância correta para tratar a enxaqueca ou usar doses insuficientes para aliviar a dor.

Diagnóstico

“É uma doença bioquímica e difícil de ser identificada”, comenta a especialista. “Devemos tratar o paciente como um todo”. Ela explica que é uma comorbidade, que significa um diagnóstico de duas ou mais doenças associadas. Para descobrir de onde vem a sua enxaqueca, é necessário fazer uma série de exames para afastar outras possibilidades. Depois disso, os hábitos precisam ser estudados. “Tudo pode afetar a vida de um enxaquecoso”, conta.

Confundir enxaqueca com sinusite é um erro comum dos pacientes. “A enxaqueca, geralmente, começa de um lado só da cabeça e depois atinge os dois. Já a sinusite, fica concentrada nos seios da face deixando a cabeça pesada e sensível ao levantar”, completa.

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Consequências

Além dos fatores biológicos, é importante observar os psicológicos. Nos dias de crise, a pessoa pode perder momentos importantes da vida social e no trabalho. Aniversários, reuniões e até tempos dedicados ao relaxamento podem ir para os ares quando bate a enxaqueca.

Outra consequência pouco comentada é perda de memória. Por estar avoada e desatenta durante a crise, pode se desencadear uma série de esquecimentos, pois o foco está na dor – e não no que está acontecendo a sua volta.

Divulgação laboratório Libbs
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Tratamento

Apesar da eficácia associada a muitos medicamentos e terapias para o tratamento da enxaqueca, uma grande parte dos pacientes não fica sem dor. É importante ter a ciência de que a automedicação pode trazer sérios riscos à saúde. A ajuda deve vir de um especialista que irá investigar e traçar um diagnóstico mais eficaz.

“Praticar esportes relaxantes como ioga e tai chi chuan e ter uma vida sexual ativa aumentam a endorfina e a dopamina, que evitam as recorrentes dores de cabeça”, diz médica.  

Prevenção

A importância do sono
Dormir bem é um dos antídotos importantes para as crises de enxaqueca. Uma boa noite de sono garante bem-estar e pode afastar a dor. Também vale a pena consultar um ginecologista. Endometriose, ovários policísticos e irregularidades menstruais costumam agravar o problema.

Já para a academia
Aquela horinha que você passa – ou deveria passar – na academia ajuda a combater as crises. Durante a prática de exercícios, o organismo libera endorfina e serotonina, neurotransmissores do prazer e do relaxamento. Consequência: o corpo fica mais resistente à dor.

De olho no prato
Até os hábitos alimentares influenciam as crises de enxaqueca. Ficar em jejum por mais de três horas baixa a quantidade de açúcar no sangue e estimula a produção de substâncias que causam a dor. Também há alimentos que têm de ser evitados: café, refrigerantes, embutidos, sopas prontas, amendoim e salgadinhos.
 

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