Enxaqueca: causas, sintomas e tratamentos
Conheça as principais causas, sintomas e tratamentos da enxaqueca e acabe já com esse problema
A crise de enxaqueca dura de quatro a 72 horas
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Veja quais partes do corpo são afetadas
Uma crise de enxaqueca dura de quatro a 72 horas e é caracterizada por uma dor latejante e mais intensa em um lado do crânio. Costuma ser acompanhada de náuseas e sensibilidade à luz e ao barulho. Veja abaixo os principais sintomas:
Cérebro
Dores de cabeça fortes e intensas.
Olhos
Turvamento da visão, intolerância a luz forte.
Ouvidos
Intolerância a ruídos e sons altos.
Língua, lábios e boca
Dormência, incapacidade de falar.
Braços e dedos
Dormência, paralisia.
Estômago
Náusea, vômito.
Dá para controlar com remédios e exercícios
Existem dois tipos de enxaqueca: a ocasional e a frequente (crônica). Ambas são causadas pela inflamação do nervo trigêmeo, que faz a ponte entre o cérebro e o sistema nervoso. A diferença é a frequência: quem tem enxaqueca crônica sofre mais de três crises por mês. Veja abaixo as medicações e tratamentos. Importante: só use remédios receitados por um médico!
Para a enxaqueca ocasional
As medicações atacam apenas os sintomas durante a crise:
· Para crises leves e médias
Analgésicos e anti-inflamatórios (paracetemol, dipirona, diclofenaco).
· Para crises agudas
Medicamentos que agem diretamente sobre a inflamação do nervo trigêmeo (à base de substâncias químicas como o triptano e derivados do ergot).
Para a enxaqueca frequente (crônica)
Há quatro tipos de tratamento que podem ser combinados para reduzir a frequência das crises:
· Atividades físicas
Liberam endorfina, substância responsável pelo bem-estar, e ajudam a aliviar a dor.
· Relaxamento
O indicado é ficar meia hora em uma posição confortável. Isso relaxa os músculos e reduz os estímulos ao sistema nervoso.
· Toxina botulínica (botox)
Diminui a contração muscular e reduz os impulsos no nervo trigêmeo.
· Medicações
São utilizados remédios para pressão alta (propanolol), antidepressivos (amitriptilina, nortriptilina) e contra convulsão (valproato, carbamazepina). As medicações para enxaqueca ocasional também são usadas em alguns casos.
Catalogue informações diariamente por um período de um a seis meses para ter o diagnóstico do problema
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A chave para o diagnóstico
Os neurologistas são os médicos mais indicados para diagnosticar a doença. Isso pode ser feito apenas com as informações sobre as crises repassadas pelo paciente. Mas a própria pessoa é capaz de identificar as causas da sua enxaqueca. A melhor forma de fazer isso é criar um diário e anotar as datas, os horários e a duração de cada crise, além de relatar todos os alimentos ingeridos e as atividades realizadas.
“O ideal é catalogar informações diariamente por um período de um a seis meses”, explica o neurologista Deusvenir Carvalho. Um modelo de diário está disponível em www.abr.io/diarioenxaqueca. Com base nessas anotações, é possível reconhecer os fatores que mais aparecem nos momentos de crise. Esses são os causadores da enxaqueca, chamados “gatilhos”.
Conheça as causas mais comuns:
· Jejum
Quando a pessoa deixa de comer, a quantidade de glicose no sangue não atende às necessidades do cérebro. Aí, lá vem a crise!
· Estresse
O acúmulo de angústias pode estimular o cérebro e o sistema nervoso a funcionar mais rápido.
· Menstruação
Nessa fase, o nível do hormônio estradiol fica mais baixo. O sistema nervoso se torna mais sensível a ruídos, luzes e situações de estresse.
· Sono inadequado
Tanto o excesso quanto a falta de sono podem provocar a enxaqueca.
· Alimentação
Os alimentos que causam a enxaqueca variam de paciente para paciente. Só depois de uma análise prolongada das crises é possível saber quais deles a provocam. Café, vinho, chocolate, queijo, embutidos e temperos industrializados são os campeões da enxaqueca.
· Tempo seco
O ar seco e frio favorece o aparecimento de doenças respiratórias como sinusite, gripe e resfriados. Elas podem provocar dores de cabeça e causar uma baita enxaqueca.
· Cheiros fortes
Aromas de perfumes, cigarro, combustíveis e produtos de limpeza estimulam demais uma região do cérebro chamada sistema límbico. Esses estímulos disparam os sintomas.