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Entenda alguns riscos que você corre por dormir demais

Dormir mais de nove horas toda noite pode ser sinal de algum problema existente e também pode representar riscos de saúde

Por Sarah Klein (colaboradora)
Atualizado em 11 abr 2024, 20h44 - Publicado em 20 mar 2015, 15h31
Robert Kneschke / Thinkstock / Getty Images (/)
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É difícil acreditar que exista um “dormir demais”, já que a sensação que temos é sempre a de “dormir de menos”. Mas é verdade: dá para exagerar no sono. Não é fácil determinar a quantidade correta de sono, mas a maioria dos adultos precisa de sete a nove horas por noite para sentir-se bem.

Dormir mais de nove horas toda noite pode ser sinal de algum problema e também pode representar riscos de saúde. Confira a seguir alguns deles:

Dormir demais pode aumentar o risco de depressão

Em um estudo de 2014 com gêmeos adultos, pesquisadores descobriram que o sono de longa duração aumenta os riscos de sintomas de depressão. Os participantes do estudo que dormiam entre sete e nove horas por noite tinham um percentual de herança de sintomas de depressão de 27%, enquanto os que dormiam nove horas ou mais tinham índice de 49%.

Pode prejudicar o cérebro

Um estudo de 2012 indicou que, entre mulheres idosas, dormir demais (ou de menos) piorava as funções cerebrais ao longo de um período de seis anos. Mulheres que dormiram mais de nove horas por noite (ou menos de cinco) apresentaram mudanças no cérebro compatíveis com um envelhecimento de dois anos, relatou o HuffPost na época.

Pode ficar mais difícil engravidar

Em 2013, uma equipe de pesquisadores da Coreia analisou os hábitos de sono de mais de 650 mulheres que passavam por fertilização in vitro. Eles descobriram que as taxas de gravidez eram mais altas entre as mulheres que dormiam de sete a oito horas por noite e mais baixas entre as mulheres que dormiam de nove a onze horas.

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O resultado, porém, não estabeleceu uma relação causal. “Sabemos que os hábitos de sono podem alterar os ritmos circadianos, as secreções hormonais e os ciclos menstruais”, disse na época ao HuffPost Evan Rosenbluth, um endocrinologista especializado em reprodução. “(Mas) o efeito na infertilidade é um pouco mais difícil de estabelecer, pois há muitos detalhes que são difíceis de controlar (num experimento científico).”

Dormir demais pode aumentar o risco de diabetes

Em um pequeno estudo de Québec, os pesquisadores descobriram que, num período de seis anos, as pessoas que dormem mais de oito horas por noite tinham duas vezes mais probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2 ou problemas de tolerância à glicose do que as pessoas que dormiam entre sete e oito horas, mesmo controlando as diferenças de massa corporal.

Pode levar ao aumento do peso

Os mesmos pesquisadores olharam para peso e ganho de gordura entre adultos de Québec durante seis anos. Eles descobriram que tanto quem dorme pouco e quanto quem dorme muito engordou mais que as pessoas que dormem de sete a oito horas por noite. As pessoas que dormiram de nove a dez horas por noite tinham 25% mais chances de ganhar 5 quilos ao longo da duração do estudo, mesmo controlando a comida e fazendo exercícios. “Portanto, esses resultados enfatizam a necessidade de incluir a duração do sono ao painel de determinantes que contribuem para o ganho de peso e para a obesidade”, escreveram os autores.

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Pode causar problemas no coração

Em pesquisa apresentada numa reunião de 2012 do American College of Cardiology, dormir oito ou mais horas por noite foi associado a um aumento no risco de problemas cardíacos. Os pesquisadores analisaram dados de mais de 3.000 pessoas e descobriram que quem dorme muito tem o dobro de risco de angina e 1,1 vez o risco de doença coronário-arterial.

Dormir demais pode levar à morte prematura 

Numa resenha de 16 estudos realizada em 2010, os pesquisadores indicaram que há mais riscos de morte – de qualquer causa – tanto para quem dorme pouco quanto para quem dorme muito. Dormir mais de oito horas por noite foi associado a um risco 1,3 mais alto de morte entre os 1,38 milhão de participantes do estudo.

Matéria publicada em Brasil Post.

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