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Dr. Drauzio fala de preconceito e tratamento da depressão no ‘Fantástico’

O segundo episódio do quadro "Não tá tudo bem, mas vai ficar" tratou da discriminação sofrida por quem tem a doença.

Por Nathalia Giannetti
Atualizado em 15 jan 2020, 11h37 - Publicado em 12 ago 2019, 12h16
Dráuzio Varella apresenta série do 'Fantástico' sobre depressão. (Reinaldo Marques/TV Globo)
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Foi ao ar neste último domingo (11) o segundo episódio da série apresentada por Drauzio Varella. Com base no questionamento, “Você diria pra alguém com febre alta deixar de ser preguiçoso e sair da cama?”, o médico se atentou ao preconceito com as doenças mentais, principalmente quando comparadas às físicas.

Para ele, há apenas uma maneira de acabar com isso: por meio da informação. É esse o objetivo do quadro do  ‘Fantástico’ “Não tá tudo bem, mas vai ficar”, que conta com vários relatos de pessoas comuns e famosas.

“As coisas que me deixavam cada vez mais pra baixo eram: ‘você não vai levantar dessa cama?’, ‘tem coisa pra fazer em casa’, ‘seus filhos precisam de você’ (…) Eu não tinha condições nenhuma de enfrentar mais o meu dia a dia”, disse Vanessa, que recebeu um atestado de afastamento do trabalho e um encaminhamento para o Caps (Centro de Atenção Psicossocial) do psiquiatra com atendimento pelo SUS.

Obter consultas com psicólogos e os medicamentos necessários, no entanto, não é muito simples. Existem 2.592 unidades do Caps no Brasil para cerca de 14 milhões de brasileiras com transtornos mentais precisando de atendimento. Para Vanessa, não há terapeutas disponíveis.

Diagnóstico e tratamento

“Não existe exame de sangue ou de imagem que comprove a depressão. O diagnóstico é clínico”, conta Drauzio. Se o transtorno é diagnosticado como leve, apenas a psicoterapia já é suficiente para cuidar do quadro. Mas em casos moderados ou graves, é fundamental que também tenha uso de medicamentos antidepressivos, que servem para melhorar a conexão entre os neurônios para aumentar a quantidade de substâncias químicas que geram bem-estar.

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Os remédios do psiquiatra são aqueles que mais têm estigma. “As pessoas têm receio de se tornarem dependentes, mas o que remédio vai fazer é exatamente o oposto. Ele vai lhe libertar de uma prisão da qual você não consegue sair sozinha”, explica o psiquiatra Paulo Mattos.

É importante lembrar que o efeito do remédio não é imediato e pode demorar algumas semana até o paciente sentir uma melhora. Porém Drauzio Varella alerta: jamais se deve largar a medicação por conta própria, apenas o psiquiatra pode alterar a dose do antidepressivo. “É um erro. Atrapalha a recuperação e leva a crises mais graves de depressão. Não faça isso!”, alerta o médico.

Confira a reportagem na íntegra aqui.

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