Dermatite seborreica e atópica: entenda a diferença
Você sabia que existe a dermatite seborreica e a dermatite atópica? Entenda a diferença entre elas e como tratá-las!
Segundo maior órgão do corpo, a pele é mais do que uma embalagem: é um espelho do que acontece conosco. A naturalista americana Diane Ackerman diz em seu livro “Uma História Natural dos Sentidos” (ed. Bertrand Brasil) o quanto ela é importante: “A pele respira e produz secreções, protegendo-nos contra os raios nocivos e os micróbios, isolando-nos do calor e do frio, regulando o fluxo sanguíneo, atuando como moldura para nosso tato, auxiliando-nos na atração sexual, definindo nossa individualidade.”
A dermatite está entre as cinco doenças mais comuns quando o assunto é pele. Mas poucas pessoas sabem que existem dois tipos distintos de dermatite. Entenda as diferenças entre elas, e saiba mais sobre outras doenças de pele no site da CLAUDIA:
Dermatite atópica
· O que é:
erupções e crostas na face, no couro cabeludo, nas mãos, nos pés, nos braços e nas pernas provocadas por inflamação crônica. A coceira é tão intensa que há risco de a pessoa se ferir e infectar as lesões. Mais comum em portadores de asma e de rinite alérgica.
· Causas:
todos os estudos apontam para a genética. Banho quente e atrito da toalha podem ressecar a pele e provocar lesões.
· Emoções:
o estresse agrava o problema, fazendo surgirem novas feridas e mais coceira. A dermatite atinge mais de 3,5 milhões de brasileiros.
· Tratamento:
cremes ou pomadas à base de corticoides; anti-histamínico oral contra coceira; antibióticos orais se houver infecção; exposição à luz ultravioleta combinada com doses orais de psoraleno; imunomoduladores de uso local.
· Novidades:
a descoberta de um fator imunológico, um desequilíbrio das células de defesa presentes entre a pele e a epiderme, alterou a abordagem da doença. Surgiram imunomoduladores, como pimecrolimus (em 2003) e o tacrolimus (em 2005), que permitem melhor controle do quadro.
Dermatite seborreica
· O que é:
inflamação da pele que produz vermelhidão, coceira e descamação nas áreas de maior concentração de glândulas sebáceas no corpo: em torno do nariz, nas sobrancelhas, atrás da orelha, na face e no peito. No couro cabeludo, pode acarretar a incômoda caspa.
· Causas:
“Não esclarecidas”, diz a dermatologista Jozian Quental, autora de “Sua Pele em Boa Forma” (ed. Marco Zero). Além de maior produção de óleo, suspeita-se do fungo Pityrosporum ovale. Clima seco e alterações hormonais pioram os surtos.
· Emoções:
estresse elevado deflagra os episódios. Essa dermatite atinge 18% da população mundial, a maioria entre 18 e 45 anos.
· Tratamento:
xampus à base de enxofre, piritionato de zinco e cetoconazol, loções capilares com ácido salicílico, resorcina, ureia e cetoconazol, com ou sem hidrocortisona, além de prescrição de anti-inflamatórios e antifúngicos via oral.
· Novidades:
laser de baixa frequência pode ser usado como coadjuvante no tratamento para reduzir a coceira e a descamação.