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De olho no seu coração: como prevenir doenças cardíacas

Especialistas da Dasa explicam quais são os principais fatores de risco e sintomas inimigos de uma boa saúde cardiovascular

Por Abril Branded Content
Atualizado em 14 jul 2022, 11h51 - Publicado em 17 jun 2022, 10h32
Dasa -
 (Dasa/Divulgação)
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Cansaço, dificuldade para respirar, náuseas, mal-estar gástrico, vômitos, dor nas costas, no queixo e na garganta. Quem diria que esses exemplos podem ser sinais de um ataque do coração? A maioria das pessoas não faz essa associação, ainda mais as mulheres, que, normalmente, são mais tolerantes à dor1 e podem priorizar outras demandas do cotidiano diante desses desconfortos. E é aí que mora o perigo. “Apesar de esses sintomas serem muito comuns, principalmente nas mulheres, quando estão associados é fundamental a busca de ajuda especializada. Todo sintoma é importante”, diz a dra. Thaís Lima, cardiologista e gerente médica do Hospital Nove de Julho, em São Paulo, que faz parte da Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil.

Thaís Lima, cardiologista e gerente médica do Hospital Nove de Julho -
Thaís Lima, cardiologista e gerente médica do Hospital Nove de Julho – (Dasa/Divulgação)

E os dados não deixam dúvidas de que as doenças cardiovasculares fazem mais vítimas no universo feminino do que se imaginava. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse tipo de quadro é responsável por um terço de todas as mortes de mulheres no mundo,2 o equivalente a cerca de 8,5 milhões de óbitos por ano, mais de 23 000 por dia, um número oito vezes maior do que o de falecimentos provocados por câncer de mama.3

E não é difícil entender por que isso acontece se levamos em consideração o estilo de vida que elas possuem atualmente, com mais estresse, alimentação inadequada, obesidade e pressão arterial acima do recomendado. “As pílulas anticoncepcionais também podem favorecer a formação de coágulos, especialmente se o consumo estiver associado ao tabagismo”, acrescenta a dra. Márcia Lopes, responsável pela área cardiológica da mulher no Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), no Rio de Janeiro. As alterações hormonais também merecem destaque, assim como os ciclos menstruais irregulares e a síndrome do ovário policístico, que podem se converter em ameaças se não forem devidamente tratados.

Dra Márcia Lopes
Márcia Lopes, responsável pela área cardiológica da mulher no Complexo Hospitalar de Niterói (CHN) – (Dasa/Divulgação)

Envelhecimento e o coração feminino

O envelhecimento da população também deve ser levado em consideração, a pressão alta e os níveis do LDL, o mau colesterol, tendem a piorar conforme os anos vão passando. Segundo o último censo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nossa expectativa de vida aumentou em três meses nos últimos anos, chegando a 73,1 para os homens e 80,1 para as mulheres.4 “Na menopausa, o estrógeno, um dos principais hormônios femininos, sofre uma queda progressiva, o que é um grande problema, já que essa substância tem ação protetora dos vasos sanguíneos”, diz a dra. Márcia.

Por outro lado, é preciso levarmos em consideração que os avanços tecnológicos e sociais fizeram com que as mulheres com 50 anos estejam plenamente produtivas e desenvolvendo suas atividades. “Com isso, há uma demanda cada vez maior por uma atenção específica a esse público”, diz a dra. Núbia Welerson, cardiologista e diretora técnica do Hospital Brasília – Águas Claras, no Distrito Federal. Por essa razão, a unidade está estruturando uma linha de atendimento voltada para as mulheres na menopausa, similar à desenvolvida na Maternidade Brasília, também no Distrito Federal. “Essa iniciativa conta com uma equipe multidisciplinar com cardiologistas, ginecologistas e especialistas em cabeça e pescoço que dão uma atenção especial à tireoide”, conta a dra. Núbia.

Núbia Welerson, cardiologista e diretora técnica do Hospital Brasília -
Núbia Welerson, cardiologista e diretora técnica do Hospital Brasília – (Dasa/Divulgação)

Mas não são somente as com mais idade que precisam de acompanhamento cardiológico frequente. O ideal é que mulheres saudáveis e gestantes consultem um especialista uma vez ao ano. Já quem tem algum problema prévio ou fatores de risco, como diabetes, histórico familiar, hipertensão ou colesterol alto, deve começar o acompanhamento antes. O mesmo vale para quem teve percalços na gravidez, como pré-eclâmpsia ou parto prematuro. “Essas pacientes têm duas a quatro vezes mais chances de se tornar hipertensas e duas vezes mais risco de sofrer um infarto”, comenta a dra. Thaís Lima, do Hospital Nove de Julho, em São Paulo.

Como a gestação também é um período de muita relevância para a saúde do coração, o Complexo Hospitalar de Niterói dispõe de um centro dedicado à cardiologia da mulher, do início da fase reprodutiva ao climatério, incluindo gestantes com cardiopatias de alto risco. “A equipe é composta por cardiologistas especializados em cardiologia obstétrica, anestesistas com conhecimento em fisiologia materna, obstetras, pediatras e neonatologistas que atendem a mãe e o bebê”, conta a dra. Márcia Lopes.

E nunca é demais ressaltar: em qualquer idade ou fase da vida é importante conhecer o histórico familiar relacionado a doenças do coração, tomar cuidado com o aumento de peso, praticar atividades físicas, se alimentar de maneira saudável, reduzir o estresse e apagar o cigarro.

Referências:

  1. https://www.mcgill.ca/newsroom/channels/news/men-and-women-remember-pain-differently-293050#:~:text=The%20research%20team%2C%20led%20by,it%20had%20earlier%20been%20experienced.
  2. https://www.portal.cardiol.br/post/mulheres-sobrevivem-menos-ao-infarto-do-que-homens.
  3. https://www.portal.cardiol.br/post/cora%C3%A7%C3%A3o-feminino-necessita-cuidados-especiais
  4. https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/29502-em-2019-expectativa-de-vida-era-de-76-6-anos
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