Conheça as doenças mais comuns no inverno e saiba como combatê-las
Rinite, sinusite, faringite e laringite: entenda o que cada uma dessas doenças provoca no seu corpo e descubra como evitá-las
Entre junho e setembro, os problemas respiratórios proliferam
Foto: Getty Images
No frio, não só casacos e cachecóis das coleções de inverno saem às ruas. Também são moda na temporada o nariz que coça e escorre, a tosse, os espirros, as dores de cabeça, os arranhões na garganta… Entre junho e setembro, os problemas respiratórios proliferam. Segundo Francini Pádua, diretora da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, 30% das pessoas sofrem de rinite alérgica nesse período, no qual sinusite, laringite e faringite também dão as caras.
Cravar um único responsável por esse roteiro de sintomas incômodos nem sempre é fácil. O calor humano (leia-se: a aglomeração de pessoas em ambientes fechados), em vez de esquentar, transmite doenças. O ar mais seco cria condições favoráveis para a entrada de vírus e bactérias nas vias aéreas. “A mucosa do sistema respiratório possui cílios que removem, juntamente com o muco, as partículas indesejáveis que inalamos. Eles funcionam como filtros”, explica a otorrinolaringologista Renata Lopes, do Hospital das Clínicas.
De um modo geral, a prevenção dessas doenças requer cuidados simples e diários: higienizar o nariz com soro fisiológico três vezes ao dia, estar sempre bem agasalhada, trocar cobertores por edredons, espalhar vasilhas com água pelos ambientes (para umedecê-los), lavar roupas guardadas antes de vestir, manter uma alimentação balanceada e beber muita água. Veja quais as principais doenças do inverno:
Rinite
Grande vilã da respiração, essa inflamação abre portas para que os demais problemas respiratórios se manifestem. A rinite se caracteriza por um processo inflamatório da mucosa do nariz desencadeado por alergia a cheiros fortes, ácaros, poeira, poluição, pelos, mofo, pólen, mudanças de temperatura e umidade.
A evolução do problema força sua vítima a respirar pela boca, o que favorece a entrada dos vírus e das bactérias que causam laringite e faringite. Como, à primeira vista, a rinite parece um resfriado comum (a diferença é que a secreção causada por ela é amarela, em vez de branca), os doentes não buscam tratamento adequado e aí a secreção vai se acumulando. E secreção acumulada = proliferação das bactérias responsáveis pela sinusite.
Sinusite
Inflamação dos seios da face que geralmente aparece depois de um resfriado ou de uma rinite. A secreção causada por um desses problemas fica no nariz, o que possibilita a proliferação de bactérias que levam à inflamação. Daí vêm a sensação de cabeça pesada, as dores no rosto, o nariz entupido…
O tratamento combina lavagem nasal com soro fisiológico (que elimina o excesso de secreção) e antibióticos (que combatem as bactérias). Sinusites na forma aguda persistem por até três meses. As crônicas podem durar ainda mais.
Faringite
Inflamação da parte de trás da garganta que causa dor ao engolir e falar, produz secreção amarelada e dá febre baixa. Além de analgésicos, gargarejos com antissépticos bucais ou com uma mistura de água morna e sal ajudam a combater o problema.
O calor age como anti-inflamatório, diminuindo a dor na região (chazinhos e leite quente são bons aliados nessa luta).
Laringite
Inflamação da mucosa que recobre a laringe, na qual ficam as cordas vocais. Rouquidão, dor e tosse seca são os sinais de que o local foi infectado.
A solução é simples: evitar falar e beber muita água. Geralmente o próprio organismo, por meio dos anticorpos, consegue combater os vírus. Se os sintomas persistirem por mais de cinco dias, pode ser preciso usar medicamentos.