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Cirurgia que aumenta o bumbum é arriscada, segundo associação médica

Embolia é um dos riscos do procedimento, que já matou 32 pessoas em 2017

Por Da Redação
Atualizado em 16 abr 2024, 09h17 - Publicado em 11 out 2018, 16h11

Cirurgiões plásticos britânicos foram advertidos, essa semana, a não realizarem mais o procedimento conhecido como Brazilian Butt Lift (BBL), cirurgia que aumenta o bumbum. A recomendação foi feita pela Associação Britânica de Cirurgiões Plásticos Estéticos (BAAPS, em inglês).

O método foi caracterizado como arriscado e com a maior taxa de mortalidade. Estima-se que 1 em cada 3.000 operações resultam em morte. Essa cirurgia foi popularizada entre as celebridades, como a americana Kim Kardashian.

O BBL envolve retirar gordura de outras partes do corpo para injetá-la nas nádegas e garantir um formato determinado. O risco está em injetar o conteúdo em artérias e veias.

Uma vez na circulação, a gordura pode chegar ao coração ou cérebro, causando embolia gordurosa – interrupção do fornecimento de sangue causada pelo entupimento do vaso sanguíneo ou interrupção do fluxo – ou até mesmo a morte.

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Até que mais dados estejam disponíveis, a BAAPS decidiu sugerir a interrupção das cirurgias. A Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS, em inglês) informou recentemente que vem trabalhando com organizações internacionais para realizar estudos.

A ASPS também revelou que o número de cirurgias de ‘aumento de bumbum’ mais que dobrou nos últimos anos. Em 2017, cerca de 20.300 procedimentos foram realizados nos Estados Unidos.

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Levantamentos globais divulgados no ano passado mostraram 32 mortes, relatadas por 692 cirurgiões, por causa de embolias de gordura ocorridas depois do procedimento.

Segundo a BAAPS, muitos pacientes apresentam quadros de complicações provocadas pelo procedimento. Entre os quadros, estão infecções bacterianas, como SARM (uma classe de bactéria resistente a antibióticos) e necrose gordurosa (morte do tecido), embolia pulmonar e abscesso.

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Uma paciente já chegou a desenvolver fasciíte necrosante, mais conhecida como bactéria “comedora de carne”, de acordo com a associação.

Em entrevista a BBC, uma mulher de 23 anos que não quis se identificar revelou ter ficado com cicatrizes irreversíveis depois de realizar um BBL na Turquia. Buracos infectados começaram a aparecer em suas nádegas três meses após o procedimento.

“Eu não conseguia andar corretamente por muito tempo. Para ser honesta, quando os buracos apareceram foi melhor, porque a gordura estava vazando, o que tornou possível andar de novo”, contou. Ela ainda revelou que durante meses o conteúdo, que tinha um cheiro ruim, vazava, encharcando as roupas.

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Dados da BAAPS indicam que o serviço médico britânico é procurado para o tratamento das complicações de cirurgias plásticas realizadas em outros países, já que o custo do procedimento no exterior é mais baixo. Entre os destinos mais procurados estão a Turquia, Bélgica, França, Chipre, Tunísia e Colômbia.

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Segundo especialistas, muitos pacientes britânicos fizeram turismo médico após serem rejeitados por clínicas nacionais por fatores de risco no histórico médico, como tabagismo e peso.

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Segundo um estudo, a internação média dura 20 dias, com um gasto de quase 165.000 reais. “É impressionante ver até onde esses pacientes vão e os riscos aos quais se submetem na busca por opções mais baratas”, disse Mohammed Farid, principal autor da pesquisa, em comunicado. O pesquisador contou, ainda, que já encontrou um pedaço de látex dentro da nádega de uma paciente.

Segundo pesquisa interna da BAAPS, quatro em cada cinco membros da associação relataram aumento nos número de pedidos de cirurgias para reversão de danos provocados por procedimentos estéticos fracassados.

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