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Câncer do colo do útero: médicos lançam campanha nacional de conscientização

Após uma pesquisa revelar que as brasileiras não conhecem a relação entre o câncer do colo do útero e o HPV, nem a vacina que previne a doença, associação de médicos lança campanha pra informar as mulheres

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 16 jan 2020, 00h04 - Publicado em 14 Maio 2013, 21h00
Mariana Bomfim (/)
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Mariana RIos, atriz da novela Salve Jorge, é madrinha da campanha “Mulheres semeiam vida”
Foto: Divulgação

Quase 70% das brasileiras não sabem que o câncer do colo do útero é provocado pelo vírus HPV (Papilomavírus humano) e cerca de 75% não sabem que existe uma vacina para prevenir a doença. É o que mostra uma pesquisa do Ibope, encomendada pela Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia (ABPTGIC). Segundo a pesquisa, além de não estarem informadas sobre esse tipo de câncer, que é o segundo de maior incidência no país, atrás do câncer de mama, as brasileiras não estão realizando exames ginecológicos de rotina. Cerca de 30% delas nunca fez um exame Papanicolau, capaz de detectar a presença do HPV, ou o fez apenas uma vez na vida.
 

“Mulheres semeiam vida”

Diante desses resultados e da conclusão de que as mulheres não estão se cuidando, a ABPTGIC lançou uma campanha nacional de conscientização sobre o HPV e o câncer. “Mulheres semeiam vida – luta contra o câncer do colo do útero” pretende plantar pelo menos cinco mil árvores, uma para cada 25 curtidas da página da campanha no Facebook, em homenagem às cinco mil mulheres que morreram vítimas da doença em 2012. A atriz Mariana Rios, intérprete de Drica da novela Salve Jorge, é a madrinha da campanha. “Queremos que haja disseminação maior de informação sobre esse câncer, que é um dos que tem mais chance de prevenção”, conta Garibalde Mortoza Junior, presidente da ABPTGIC.

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O câncer do colo do útero é a quarta causa de morte mais recorrente entre as brasileiras e, nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste, já faz mais vítimas que o câncer de mama, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Segundo o Dr. José Focchi, médico da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 99% dos casos de câncer docolo do útero estão relacionados com o HPV. O papilomavírus não é apenas um vírus, mas uma família inteira deles. Algumas versões, que não são necessariamente transmitidas sexualmente, causam verrugas na palma das mãos e na planta dos pés. Outras levam a uma lesão precursora do câncer na região do colo do útero. Os mais perigosos, chamados de alto risco, são os tipos 16 e 18, correspondentes a mais de 70% dos tumores.
 
A verdade é que o 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas, mas na grande maioria dos casos, elas não apresentam nenhum sintoma e seu próprio corpo se encarrega de combater o vírus. Porém, muitas vezes o corpo não consegue fazer com a infecção regrida e o vírus evolui até que apareça o câncer. Uma estimativa da Organização Mundial da Saúde diz que 69 milhões de mulheres com 15 anos de idade ou mais, no mundo todo, tem risco de desenvolvê-lo. Só no Brasil, morrem anualmente cerca de 5 mil mulheres em decorrência da doença. “É o mesmo número desde que os casos começaram a ser registrados, em 1979 – uma morte a cada duas horas”, afirma o Dr. Focchi.

Vacina é a melhor forma de prevenção

Algumas medidas são indispensáveis para fugir da cilada do HPV: evitar ter vários parceiros e usar camisinha. Ela só não garante 100% de proteção porque não cobre toda a superfície de contágio.

Mas, para os especialistas, de longe a arma mais eficiente contra o HPV é a vacinação, hoje recomendada para meninas e jovens de 9 a 26 anos. São três doses – cada uma custa em torno de 400 reais – e o ideal seria que elas fossem tomadas antes mesmo da iniciação sexual, quando ainda não houve contato com o vírus. A eficácia da vacina é alta: 95% de sucesso no combate aos principais causadores de câncer e, no caso da quadrivalente, proteção também contra os que mais provocam verruga genital. “Estudos já mostram os benefícios da vacinação em pessoas com mais de 26 anos e até em homens”, revela Thomas Broker, presidente da Sociedade Internacional de Papilomavírus. Ou seja, é muito provável que, em breve, ela também seja aplicada nesses públicos.
 

* Com conteúdo da revista Saúde
 

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