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Butanvac: Instituto Butantan cria vacina 100% brasileira contra covid-19

Se autorizado o uso pela Anvisa, a promessa é de que os testes se iniciem em abril e sejam disponibilizadas 40 milhões de doses prontas a partir de julho

Por Da Redação
26 mar 2021, 11h52
Butanvac
A vacina contra Covid-19 que é 100% brasileira foi apresentada nesta sexta feira (26). (Governo do Estado de São Paulo / YouTube/Reprodução)
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O Instituto Butantan anunciou a criação da Butanvac, uma nova vacina contra a Covid-19, com tecnologia 100% brasileira, a mesma inteligência utilizada para a produção de vacinas contra as influenzas [gripes]. A entidade informou que pedirá autorização para inicio de estudos clínicos e testes em voluntários à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda nesta sexta-feira (26).

“Protocolaremos esse material ainda hoje e vamos dialogar intensamente com a Anvisa para que ela perceba a importância da autorização do início desses estudos clínicos o mais rapidamente possível, para que possamos em um mês e meio, dois meses e meio, terminar essa fase de avaliação clínica e iniciar a produção”, afirmou Dimas Covas, diretor do Instituto. 

Caso haja autorização da Anvisa, os testes poderão ser iniciados já em abril e a produção em larga escala poderá começar em maio. Entretanto, as doses só poderão ser usadas após liberação da agência, como o dito pelo governador do estado de São Paulo, João Doria.

De acordo com Dimas Covas, a vacina começou a ser produzida em 26 de março de 2020, há exatamente um ano atrás e, durante seu desenvolvimento, a variante brasileira P1 foi considerada, demonstrando oferecer uma resposta imune maior do que as vacinas atuais, que ainda estão passando por testes para demonstrar segurança na prevenção contra as variantes. 

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Diferente da Coronavac, que é uma parceria do Butantan com a Sinovac Biotech, a Butanvac não dependerá de insumos e auxílio de laboratórios do exterior.

Durante a coletiva de imprensa, nenhum detalhe dos estudos foi apresentado nem houve a citação de quem será o público-alvo do mesmo.

O governador João Doria disse ainda que, além da Anvisa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) também receberá nesta mesma data todas as informações da Butanvac, para que acompanhe o desenvolvimento dos testes clínicos desde o início, que são realizados em menor e depois maior escala para estipular sua eficácia.

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Países como Vietnã e Tailândia também participarão das primeiras fases do teste clínico. 

O objetivo do Butantan é encerrar os testes e ter 40 milhões de doses da vacina prontas antes do final de 2021, atendendo a demanda nacional e fornecendo vacina para outros países de baixa renda.

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