Argentina vota hoje legalização do aborto
A realização do procedimento de forma clandestina se constitui na principal causa de morte materna no país
Seja qual for o resultado da votação que acontece desde a manhã desta quarta-feira, 14, na Argentina, o dia será histórico. Após dois meses de intensos debates no Parlamento, que incluiram a participação de mais de 780 especialistas no tema, a Câmara do país vota hoje o projeto que pode permitir a interrupção legal da gravidez.
Até ontem, terça-feira, projeções mostravam um cenário bastante acirrado, com empate entre votos de deputados a favor e contra o aborto. E embora a aprovação na Câmara seja um passo importante, a legalização só será instituída após uma nova votação no Senado.
Assim como na Câmara, na Casa Rosada, as posições estão bastante divididas. No governo, a vice-presidente Gabriela Michetti se posicionou contra o projeto, enquanto o ministro da Saúde, Adolfo Rubinstein, o defendeu publicamente. Em suas declarações a jornais locais, Rubinstein afirmou ainda que forte trabalho de sua pasta seja prevenir o aborto, a legalização seria uma questão de saúde pública.