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Afinal, quais as diferenças entre dor de cabeça e enxaqueca?

Não, não é tudo igual.

Por Priscila Doneda
Atualizado em 21 jan 2020, 09h57 - Publicado em 19 Maio 2016, 15h18

Nesta quinta-feira (19), é celebrado o Dia Nacional de Combate à Cefaleia, que é popularmente conhecida como “dor de cabeça” e faz parte da rotina de cerca de 2% da população mundial. “São inúmeros os estudos científicos que demonstram o impacto da doença na vida das pessoas, através da perda de dias de atividade domiciliar e/ou profissional, bem como perda do rendimento nas atividades pessoais e profissionais”, aponta o o Dr. Leandro Calia, membro da Academia Brasileira de Neurologia e da American Academy of Neurology.

De acordo com ele, as cefaleias podem ser classificadas em:

  • Primárias: quando a dor é o problema em si e não há nenhuma doença ou condição mórbida que seja a causa da dor
  • Secundárias: quando a dor é consequência de uma doença, como acontece em casos de gripe, sinusite, meningite ou tumor cerebral, por exemplo

Segundo o especialista, a enxaqueca é um tipo de cefaleia primária, assim como a cefaleia tensional, a cefaleia em salvas e outras dezenas classificadas pela Internacional Headache Society (IHS). “Na verdade, existem mais de 150 tipos de cefaleias, classificadas internacionalmente e de forma padronizada em todos os países”, explica. Para um diagnóstico mais preciso, “É necessário associar os critérios para cada tipo de cefaleia e analisar a história do paciente com exames físicos e laboratoriais”, orienta.

Veja mais: Novos gadgets ajudam a acabar com a dor de cabeça

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As causas 

“No geral, a dor de cabeça ocorre do nada ou em consequência de alguma situação de estresse, mudança hormonal, alimentação, cansaço ou privação de sono”, esclarece o médico. Enquanto isso, a enxaqueca é estimulada por “Uma condição multifatorial, em que há uma predisposição genética sobre a qual diversos fatores ambientais interferem, tais como hábitos (sono, alimentação, atividades físicas) e condições clínicas e médicas (obesidade, abuso de cafeína, bruxismo, distúrbios psiquiátricos, dores crônicas nas costas)”, diferencia o Dr. Calia. Além disso, o excesso de medicação analgésica sem a devida orientação é considerado o maior fator de risco para a progressão da enxaqueca crônica.

Os sintomas

Em casos de cefaleia, as dores se alocam em qualquer região da cabeça, podendo ocorrer em ambos os lados. As crises da enxaqueca crônica, por sua vez, são caracterizadas por dor pulsátil (ou latejante), de intensidade moderada a forte e com predominância em um lado da cabeça, embora também possa ocorrer bilateralmente. Geralmente, são seguidas de náuseas, vômitos, sensibilidade à luz (fotofobia) e ao som (fonofobia).

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Os tratamentos

Embora a doença não tenha cura, existem tratamentos para o controle das crises, seja para prevenir e inibir os episódios ou para controlar a dor durante a crise instalada. São eles:

  • Sintomáticos: medidas medicamentosas ou não para o combate imediato da dor aguda e dos demais sintomas
  • De transição: medidas medicamentosas para desintoxicação dos pacientes com uso abusivo de analgésicos e sintomáticos
  • Preventivos ou profiláticos: medidas medicamentosas ou não para a redução da frequência da cefaleia, da duração das crises, da intensidade das crises e do uso de sintomáticos 

“Quanto mais multidisciplinar for o tratamento, melhor será o resultado do paciente, lembrando que cada indivíduo responde de forma diferente a cada medicação e demais terapias, que devem ser moduladas de acordo com a sua evolução”, alerta o médico.

Veja mais: Tire suas dúvidas e conheça os melhores tratamentos para a enxaqueca

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