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Acretismo placentário: a doença que pode fazer com que Kim Kardashian perca o útero após nascimento do segundo filho

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem 62 mortes registradas a cada 100 mil nascimentos. Saiba mais sobre os perigos dessa doença

Por Fernanda Morelli
Atualizado em 28 out 2016, 14h39 - Publicado em 4 set 2015, 14h21

Infelizmente a socialite Kim Kardashian, 34 anos, não está tendo uma gravidez tranquila. Kim, que está grávida de seis meses do rapper Kanye West, revelou à revista americana C Magazine que enfrenta um problema sério na gestação: acretismo placentário.

A doença é caraterizada pela invasão profunda da placenta na parede do útero. “Isso acontece quando a placenta invade agressivamente a cavidade uterina podendo até comprometer os órgãos mais próximos”, explica Karina Zulli, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz (unidade Itaim), em São Paulo. Kim contou também que já havia passado pelo mesmo problema em sua primeira gravidez e que, por isso, foi submetida a diversas cirurgias que deixaram pequenas lesões em sua parede uterina. O problema causou, inclusive, dificuldades para que ela conseguisse engravidar pela segunda vez. Os médicos chegaram a sugerir uma barriga de aluguel para que que ela pudesse realizar o sonho de ser mãe. Mas mesmo com todas as dificuldades ela preferiu carregar o segundo filho.

“Foi uma longa jornada. Cheguei a ir ao consultório médico, em Berverly Hills, todos os dias às 5 da manhã para fazer testes e descobrir se eu estava ovulando. Eu estava tentando de tudo. Fiz acupuntura e fui a um nutricionista, para fica mais saudável, pensando que essa era uma questão”, conta Kim.

A boa notícia é que o bebê de Kim está seguro, embora ela esteja correndo o risco de ter que retirar o útero – quanto mais profundo o acretismo, maiores as chances disso acontecer. No entanto, a doença pode causar uma hemorragia severa à gestante e, por isso, merece atenção.

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“Ainda não sabemos se esta será minha última possibilidade de gravidez. Eles (os médicos) pensam que eu terei o problema de novo. Então, se a placenta penetrar um pouco mais profundamente do que da outra vez, eles estão preparados para remover meu útero, o que me deixa um pouco assustada. Acho que vamos simplesmente viver dia após dia e ver como as coisas se desenrolam”, desabafa Kim.

 

Saiba mais sobre a doença:

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1.O que é acretismo placentário?

Normalmente, quando o embrião chega ao útero, um complexo vascular começa a ser gerado para a formação da placenta. “Em alguns casos esse processo é deficiente, já que a placenta invade profundamente a cavidade uterina. Quanto maior for à invasão da placenta para dentro do útero e abdômen mais grave é a doença”, diz Karina Zulli.

 

2. Existe alguma pré-disposição ao problema?

Sim, a pré-existência de cicatrizes no útero ocasionadas por cesáreas, curetagens, remoção de miomas e a ocorrência da placenta prévia podem predispor a grávida ao acretismo. “Nesses casos é possível prever a doença durante o pré-natal. Mas não há como impedir que o acretismo ocorra”, esclarece a especialista.

3.      Quais são os sintomas da doença?

A maioria dos casos não apresenta sintomas específicos. No entanto, quando a gestante apresenta uma placenta de inserção mais baixa do que o normal, conhecida como placenta prévia, há chances de aparecer um sangramento vaginal vermelho vivo no terceiro trimestre da gestação.

4.    Por que esta condição é tão perigosa?

“Porque durante o parto a placenta não sai por completo, comprometendo a contração uterina”, explica a ginecologista. Em alguns casos pode ocorrer, então, uma hemorragia e a necessidade de retirada do útero, risco que Kim Kardashian está correndo.

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5.     Mulheres que tiveram acretismo placentário na primeira gestação podem engravidar novamente?

Segundo Karina Zulli, a segunda gestação é possível se o acretismo da primeira gestação não foi grave e o útero mantido. Por isso, inclusive, que Kim conseguiu engravidar do segundo filho.  Antes de iniciar as tentativas é importante que a mulher faça uma série de exames para avaliar o endométrio. “Se o útero não apresentar grandes cicatrizes em sua extensão, a segunda gravidez está liberada. Mas, todos os cuidados devem ser tomados já no pré-natal e acompanhados por um médico, pois a recorrência da doença é possível”, explica Karina.

6.  Existe tratamento?

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Sim, o importante é que a doença seja previamente diagnosticada. Em alguns casos, os cuidados médicos começam ainda durante a gravidez. Outras medidas preventivas são tomadas na hora do porto. “Através de cateteres bloqueamos as artérias que irrigam a área comprometida para coibir o sangramento excessivo antes mesmo da retirada do bebe”, diz a médica.  

 

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