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Acne da mulher adulta: saiba por que ocorre e como tratá-la

A pele merece atenção especial quando a acne persiste ou aparece depois dos 25 anos. E cuidado com o sol: ele pode piorar a situação!

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 17 jan 2020, 13h08 - Publicado em 1 nov 2017, 05h30

Quem tem acne na adolescência faz contagem regressiva para chegar à idade adulta e se ver livre dela. Enquanto isso, as pessoas que conseguem passar pelas duas primeiras décadas de vida sem esta doença de pele e seus típicos cravos, espinhas e lesões respiram aliviadas. Mas o organismo é complexo e cheio de surpresas: em muitos casos, o tempo passa e a acne permanece; em outros, ela surge tardiamente. Se essa persistência ou esse aparecimento estiver ativo dos 25 anos de idade em diante, trata-se de acne da idade adulta.

De acordo com a Academia Americana de Dermatologia, 54% das mulheres acima de 25 anos têm a doença. No Brasil, embora não haja um número preciso, um levantamento da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) apontou que a acne adulta é o motivo que mais leva pacientes dessa faixa etária aos consultórios dermatológicos.

Acne adulta tem causas genéticas, hormonais ou de maus hábitos

Quando a acne adulta é uma continuidade daquela da adolescência, sua causa costuma ser hereditária. “Por genética, o aparelho pilossebáceo reage de forma intensa aos hormônios, e a gordura que vem dos poros se acumula como cravos ou espinhas. Esta característica da pele não muda, por isso a acne na fase madura da vida”, explica a dermatologista Ana Lúcia Recio, membro fundadora da Sociedade Brasileira de Laser e Cirurgia.

Já a acne que surge no susto quando a pessoa já está com seus 20 e tantos anos tem motivo hormonal e atinge muito mais as mulheres. “São quase sempre reações à produção de testosterona em pessoas com mais espaço nas glândulas sebáceas para a captação do hormônio masculino”, afirma Ana Lúcia.

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A acne não tratada pode deixar a pele com manchas e marcas, além dos cravos e espinhas (srisakorn/ThinkStock)

Mas há casos hormonais que precisam de uma averiguação mais profunda, como observa a dermatologista Flávia Addor, membro do Conselho Científico da Sociedade Brasileira de Dermatologia – SP e diretora técnica, médica e pesquisadora do Grupo MEDCIN: “Temos que investigar doenças como síndrome dos ovários policísticos, pedir exames hormonais mais detalhados. O uso de cortisol em tratamentos também leva à acne tardia”.

Além dessas razões, a dermatologista Monica Linhares acrescenta os maus hábitos cotidianos à lista. “A mulher se automedica mais que o homem e também pode acabar usando produtos cosméticos e maquiagens inadequados para seu tipo de pele, por isso sofre mais de acne quando adulta”, diz.

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É possível evitar a acne adulta? E tratá-la?

Infelizmente, não tem como evitar a acne adulta, mas é possível tratá-la.

Para começar, é preciso adotar um ritual diário de limpeza. “Deve-se lavar a pele com sabão adequado para o seu tipo duas vezes ao dia, uma pela manhã e uma à noite”, ensina Ana Lúcia. O uso de hidratante, de soluções calmantes e secativas e de hidratante complementa os cuidados diários e controla a oleosidade natural da pele, diminuindo sensivelmente a acne e melhorando o aspecto cutâneo.

Em tempo: uma ida ao consultório dermatológico é ótima para entender exatamente qual é seu tipo de pele e, assim, poder escolher os produtos corretos para ela. Isso porque uma pele oleosa grossa é totalmente diferente de uma pele oleosa fina, e cada uma se dará bem com um tipo de sabonete, creme, loção e tudo mais que for necessário. 

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“A rotina de limpeza, hidratação e proteção é importantíssima, mas se o produto não for adequado, vai obstruir os poros e levar à formação de cravos e espinhas. O trabalho terá sido em vão”, alerta Flávia, que recomenda também as maquiagens de tratamento para quem quiser se cuidar e, ao mesmo tempo, deixar a pele com aspecto mais uniforme. “Os bons produtos, de marcas que investem em pesquisa e tecnologia, são seguros e não promovem irritação folicular”, destaca.

A rotina de limpeza e tratamento melhora significativamente a acne adulta (chombosan/ThinkStock)

Em casos de lesões mais severas, a aplicação de laser anti-inflamatório pode ajudar muito tanto na cura do problema quanto na melhora da aparência da pele.

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Monica esclarece, ainda, que se a causa for um distúrbio hormonal ou má alimentação, ela deverá ser tratada por um médico (endocrinologista ou nutrólogo, respectivamente) para minimizar ou resolver o problema. Como consequência, a pele se reequilibrará e poderá ficar livre da acne.

Na maioria das vezes, os tratamentos são contínuos, ou seja, quem tem acne adulta precisará sempre controlá-la. Uma visita ao dermatologista a cada seis meses é super bem-vinda.

Ah, e cuidado com o sol, especialmente agora, que estamos na temporada primavera-verão. O ressecamento imediato que ele promove na pele oleosa pode até dar uma sensação de melhora, mas é responsável pelo efeito rebote – o organismo sente a perda repentina e rápida de oleosidade e, para se proteger, responde produzindo muito mais sebo. A pele piora significativamente. O ideal é se expor aos seus raios apenas indiretamente, e sempre usando protetor solar.

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Avanços nos cosméticos na batalha contra a acne

A indicação do/a dermatologista é sempre a mais importante quando você for adotar um cosmético para tratar a pele com acne. Nada de querer um creme ou loção porque sua amiga usa, portanto, porque suas peles podem ser completamente diferentes. Mas, uma vez conhecido seu tipo de pele, você pode ter autonomia para escolher produtos na farmácia com responsabilidade.

O ativo clássico dos produtos para o tratamento da acne é o ácido salicílico. “Só que ele pode levar ao ressecamento excessivo da pele e aumentar a secreção sebácea, piorando a acne”, adverte Flávia. É o mesmo efeito rebote causado pelo sol, lembra?

Os produtos mais modernos empregam uma combinação de ácido salicílico com surfactante polimérico (SA-PS). São mais suaves, irritam menos a pele e evitam esse ressecamento, segundo a dermatologista. “Se forem biosurfactantes, que vêm do amido da batata, melhor ainda.”

“Existe ciência por trás disso. Estudos clínicos comprovam que a união do ácido salicílico com o surfactante polimérico é sempre benéfica para a pele com acne”, afirma José Pelino, diretor de engajamento científico da Johnson & Johnson Consumo América Latina.

Um dos estudos que ele menciona mostra que a pele reflete os benefícios antiacne da combinação SA-PS em apenas 4 semanas de uso de produtos desse tipo. Em 12 semanas, 85% das pessoas com acne de leve a moderada têm redução na contagem total de lesões de acne. Outro estudo, feito para avaliar a manutenção da proteção da pele, confirmou que a SA-PS não interfere nos lipídios essenciais da barreira da pele, ou seja, realmente não a resseca excessivamente. Um viva para a ciência!

 

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