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4 riscos de retirar o carboidrato da dieta

Os regimes que defendem o corte de carboidrato e o aumento do consumo de proteína estão em alta, mas podem prejudicar a saúde. Conheça os perigos antes de aderir à moda.

Por Bruna Bittencourt
Atualizado em 28 out 2016, 14h40 - Publicado em 24 jun 2014, 22h00
Bruna Bittencourt - Edição: MdeMulher
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Antes de retirar um nutriente do cardápio, procure um especialista para saber se aquele regime é indicado para você.
Foto: Sheila Oliveira

 

1. O corpo fica sem a principal fonte de energia

O organismo precisa de energia para realizar as tarefas básicas, como sintetizar hormônios e manter o cérebro ativo – e essa energia provém do carboidrato. Por isso, quando o afastamos do prato, os primeiros sintomas que aparecem são falta de ânimo, dor de cabeça e tontura. De acordo com Fernanda Pisciolaro, membro do departamento de nutrição da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), o corpo gasta até 600 calorias diariamente apenas para sustentar o cérebro funcionando. Órgão, aliás, que se “alimenta” basicamente de glicose, presente nos carboidratos – daí ele ser um dos que mais sofrem com essa privação. Mais: se há restrição de energia, o organismo entra em uma espécie de modo econômico, desacelerando o metabolismo para economizar calorias.

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2. Os músculos vão e a gordura fica

“Sem a energia vinda da alimentação, o corpo precisa encontrar outro combustível. É aí que ele vai atrás do glicogênio, presente nos músculos”, diz Fernanda. Resultado: com a massa magra sendo consumida, você fica mais fraca e seu metabolismo desacelera, o que inclusive dificulta a perda de peso. Outro ponto: nosso corpo é composto basicamente de água, músculos e gordura. Ao reduzir os dois primeiros, por causa do corte de carboidrato, o organismo fica com maior quantidade de gordura. “Isso quer dizer que, proporcionalmente, mesmo que você esteja mais magra na balança, a composição corporal será principalmente de gordura, o que não é nada saudável”, afirma Fernanda.


3. O coração é ameaçado

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As principais fontes de proteína (carnes e laticínios) são também carregadas de gordura, o que significa que é quase impossível aumentar a ingestão de um sem, necessariamente, subir o consumo do outro. “O problema é que essa dose extra de gordura aumenta o colesterol e, assim, eleva o risco de desenvolver doenças cardiovasculares”, explica o médico nutrólogo Guilherme Giorelli, diretor da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran). Sem contar que a gordura tem mais calorias que a proteína e o carboidrato (ambos têm 4 calorias por grama ante 9 calorias da gordura), o que, no fim das contas, aumenta o total energético que você consome em um dia.


4. Rins e fígado se sobrecarregam

Com o consumo excessivo de proteína, os órgãos responsáveis por metabolizá-la acabam prejudicados, pois trabalham mais do que o normal. Para ter uma ideia, a quantidade recomendada de proteína que uma pessoa deve ingerir por dia é de 0,8 grama por quilo de peso. Para quem pesa 70 quilos, isso significa 56 gramas de proteína, o que equivale a um filé de bife e um de frango mais um copo de leite – algo fácil de extrapolar em uma dieta hiperproteica. Essa hiperação dos órgãos pode desencadear problemas como cálculo renal e também está diretamente ligada à maior liberação, na corrente sanguínea, de corpos cetônicos, ureia e nitrogênio, espécies de “lixo” derivados dessa metabolização, que deveriam ser excretados. Ao circular excessivamente pelo corpo, provocam uma mudança de pH, deixando o sangue mais ácido que o indicado. O contra-ataque do organismo, por sua vez, é neutralizar essa acidez, resgatando cálcio dos ossos – o que aumenta o risco de osteoporose.

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