Violência contra a mulher é debatida por especialistas
O evento promovido pelo Grupo Mulheres do Brasil foi realizado no Dia Internacional da Não-Violência contra as mulheres
35% das mulheres assassinadas no Brasil foram mortas por seu parceiro ou ex-parceiro – o mesmo acontece com apenas 1% dos homens. Esse foi um dos dados levantados em debate promovido pelo Grupo Mulheres do Brasil (GMdB) nessa sexta-feira na sede do grupo, em São Paulo. CLAUDIA acompanhou os três painéis formados por especialistas no assunto – os temas foram a objetificação feminina na propaganda, a violência contra a mulher negra e dificuldades no sistema educacional. O debate foi coordenado pela advogada Raquel Preto, líder coordenadora do Comitê de Combate à Violência do grupo.
“A cada nove minutos uma pessoa é assassinada no Brasil e 70% delas são negras”, destacou Mafoane Odara, coordenadora de projetos do Instituto Avon e membro do Comitê de Combate à Violência contra a Mulher do GMdB, no painel que tratou da violência contra a mulher negra. Não reproduzir comportamentos machistas em casa e educar os filhos – e não apenas as filhas – pensando em uma sociedade mais justa para as mulheres foram algumas das medidas apontadas para alcançar maior igualdade entre os gêneros.
Com os painéis, o GMdB marca a abertura do ciclo do projeto mundial “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres” proposto pela Organização das Nações Unidas, que conta com a adesão de vários municípios brasileiros. A campanha vai até o dia 10 de dezembro — Dia Internacional dos Direitos Humanos.