Viagem a Portugal: 5 delícias que você precisa provar (além do pastel de nata)
Poucos jeitos de conhecer a cultura de um país são mais gostosos do que por sua gastronomia. Passeie com a gente por esses sabores lusitanos
Esqueça o pastel de nata e o bacalhau – quer dizer, não esqueça, mas deixe para depois. Em Portugal, a gastronomia é um convite irrecusável para conhecer a cultura do país e as delícias vão muito além dos doces e salgados tradicionais. Aqui, depois de passarmos uma semana em terras lusitanas, listamos as gostosuras que você precisa provar quando for ao país:
Ovos moles de Aveiro
Logo que chegamos, o nosso guia Manuel nos apresentou aos ovos moles de Aveiro. Assim que você abre a caixa, encontra docinhos de cor branca em formas de conchas do mar. Na primeira mordida, depois de quebrar essa casca, vem a surpresa: um creme saboroso e bem doce de forte tom amarelo.
Reza a lenda que as freiras da região engomavam seus hábitos com as claras dos ovos e, procurando uma utilidade para não desperdiçar as gemas, criaram a receita do doce. Já a casquinha, é o que parece: feita de hóstia.
Raivas de Aveiro
As Raivas são biscoitinhos de manteiga, açúcar e canela, muito saborosos e perfeitos para acompanhar aquela pausa para o café. Geralmente, esses doces conventuais são todos vendidos nas mesmas lojas, vale prestar atenção para provar!
Pão de ló de Ovar
Outro clássico da doçaria portuguesa, o pão de ló de Ovar* é bem diferente do que conhecemos por pão de ló. Para nós, trata-se da massa de bolo simples. Já em terras lusitanas, é uma massa úmida feita de ovos e açúcar. Em sua forma mais tradicional, ela é assada em formas de barro com papel manteiga para não grudar. Enquando as bordas cozinham e ficam mais firmes, o centro continua cremoso em ovos moles – por isso a coloração.
*Ovar é uma cidade do distrito de Aveiro.
Queijo de Serra da Estrela
O queijo da serra é produzido a partir do leite de ovelha, uma criação de animais tradicional em Serra da Estrela. A particularidade dele é sua fermentação feita com a flor do cardo, uma plantinha de cor roxa, que só é encontrada na região. Élio Silva, que prepara a iguaria na cidade de Seia, explica que a fabricação é sazonal. “Vai de outubro a junho. Depois disso, as fêmeas estão gestando e amamentando seus filhotes”, conta.
A textura dele, quando fresco, é amanteigada e supercremosa (foto). Entretanto, vale a pena esperar o tempo de curar caso prefira as texturas mais firmes. O sabor é forte e combina perfeitamente com geleias adocicadas.
Dica esperta: se embalar direitinho, dá para trazer na mala despachada, ok?
Vinho verde
O Vinho Verde é todo vinho produzido exclusivamente na região dos Vinhos Verdes, em Portugal. A denominação é controlada e certificada, por isso, as garrafas desta bebida vêm com um selo de garantia.
Certo, mas o que ele tem de especial? Esse tipo de vinho fica pouco tempo armazenado antes de ser engarrafado e recebe adição de dióxido de carbono para deixá-lo ligeiramente gaseificado. O resultado é uma bebida leve, fresca e perfeita para ser consumida bem gelada. Anote aí: o nosso guia local recomendou o Alvarinho, um branco delicioso.