Assine CLAUDIA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Sancionada lei que dispensa aval do cônjuge para laqueadura ou vasectomia

A idade mínima para realizar os procedimentos cai de 25 para 21 anos, e as medidas entrarão em vigor em 180 dias

Por Da redação
5 set 2022, 17h47

O Governo brasileiro sancionou nesta segunda-feira o projeto de lei (PL) que dispensa o aval do cônjuge para realização de procedimentos de esterilização voluntária, como laqueadura (para pessoas com útero) ou vasectomia. A idade mínima para realizar os procedimentos, que antes era de 25 anos, passa a ser de 21 anos. Essas medidas entrarão em vigor dentro de 180 dias.

O PL, de autoria da deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), já havia sido aprovado no Congresso em agosto, e altera a lei 9.263, de 1996, que regula o planejamento familiar. Até então, o texto expressava que, em relações conjugais, a prática de cirurgias de esterilização só poderia ser realizada com o consentimento expresso do cônjuge. Isso significa que, para uma mulher fazer uma laqueadura, por exemplo, já não precisa mais da autorização do marido. E o contrário, no caso da vasectomia, também é válido. 

Em relação à idade mínima necessária para submeter-se a uma das cirurgias, uma coisa se mantém: conforme já previsto no texto de 1996, se uma pessoa de 19 anos tiver dois filhos, ela já pode passar pelo procedimento de esterilização.

Outra mudança na lei diz respeito à realização da laqueadura durante o parto. Antes, o procedimento não poderia ser feito durante o parto ou o aborto, agora o texto abre a possibilidade de que ele seja realizado no decorrer do nascimento do bebê, eliminando a necessidade de duas cirurgias, no caso de cesáreas. Nesses casos, a pessoa gestante deve indicar o interesse pela esterilização no mínimo 60 dias antes do parto (exigência também presente na lei de 1996). 

A senadora Nilda Gondim (MDB-PB), relatora do PL, afirmou, em sessão no Senado, que a alteração da lei possibilita que a mulher tenha “o direito de decidir se ela quer usar o método contraceptivo ou não”.

Continua após a publicidade

Momento político

A sanção da lei por parte do Governo é considerada um avanço em relação aos direitos reprodutivos das mulheres no Brasil e ocorre num momento em que o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), precisa melhorar seu desempenho eleitoral entre o público feminino. As mulheres representam o segmento com maior índice de rejeição a ele, devido, em parte, às declarações machistas e ataques misóginos, como os que proferiu contra a jornalista Vera Magalhães e a senadora Simone Tebet (MDB) durante o primeiro debate presidencial, no dia 28 de agosto. 

De acordo com a última pesquisa Datafolha, Bolsonaro tem 29% das intenções de voto, frente a 48% do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT).

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de R$ 12,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.