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“Queria Ter Ficado Mais”: livro em formato de coletânea de cartas reúne histórias escritas por mulheres

Fugindo da proposta de um guia turístico tradicional, obra reúne aventuras e experiências de mulheres que amam viajar.

Por Aline Gomiero
Atualizado em 22 out 2016, 15h21 - Publicado em 9 fev 2015, 14h19

Foi o gosto por conhecer novos lugares e ouvir relatos das viagens das amigas que levou a jornalista e sócia da editora independente Lote 42 Cecilia Arbolave a organizar o projeto do livro “Queria Ter Ficado Mais” (Lote 42, R$ 49,90). A obra, que foi lançada no início deste mês, reúne 12 textos autorais escritos por mulheres em diferentes cidades do mundo, como Buenos Aires, Paris, Roma, Berlim, Nova York, Londres e Tóquio. E outros dois destinos ainda mais raros: Yangshuo e Cisjordânia.

Com relatos sensíveis, as escritoras descrevem suas próprias vivências como se estivessem escrevendo uma carta para um amigo. O projeto gráfico, desenvolvido pela designer Luciana Martins, chama a atenção exatamente por isso: cada um dos capítulos foi impresso em folhas soltas, dobradas e acomodadas dentro de envelopes. “Recebi o convite para escrever sobre Berlim com um sentimento ao quadrado: alegria, por poder participar de um projeto tão bacana e interessante, e alegria, por ter a chance de relembrar tantas coisas boas que vivi naquela cidade. Escrevi com um sorriso no rosto, e acho que essa, talvez, tenha sido a melhor experiência frente a meu computador”, contou a jornalista Ligia Braslauskas, uma das participantes.

Cecilia, que também narra uma visita a Buenos Aires, sua cidade natal, falou a CLAUDIA e, basicamente, defende a mensagem principal do projeto: “Viajar é uma boa oportunidade não só para conhecer lugares e culturas, mas também para se conhecer e entender um pouco mais”.

Como surgiu a ideia de montar esta coletânea de cartas? Qual a proposta principal do projeto?

A proposta do “Queria Ter Ficado Mais” é apresentar histórias inspiradoras e curiosas, vivenciadas por mulheres em diferentes partes do mundo. Com textos autorais, sensíveis e envolventes, são viagens que vêm dentro de envelopes, como se fossem cartas enviadas de diversos pontos do globo. A ideia do livro surgiu numa conversa aqui na editora, ao lembrar de algumas histórias de mulheres que conhecíamos. Pensamos que seria muito bacana reunir num livro experiências e aventuras que aconteceram durante viagens, mas fugindo de uma proposta de guia turístico.

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Por que todas as escritoras são mulheres?

As primeiras histórias que conhecíamos eram de mulheres e achamos bacana manter esse recorte para trazer a voz feminina para o livro, mostrar o olhar das mulheres. Algumas das histórias já conhecíamos e fomos atrás delas, enquanto outras fomos descobrindo ao conversar com as autoras.

Muitas histórias falam sobre a parte dolorosa de “voltar pra casa/voltar pra realidade”. Você acredita que isto é uma característica geral do viajante? A viagem pode ser considerada uma “fuga”?

Voltar é geralmente um momento difícil. Me parece que fuga tem uma conotação negativa. Mas acredito que muitas vezes aquele momento de se distanciar da rotina, dos conflitos e das preocupações, ajuda a enxergar as coisas de longe e para abordá-las de uma outra maneira. E viajar é uma boa oportunidade não só para conhecer lugares e culturas, mas também para se conhecer e entender um pouco mais.

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O projeto gráfico, desenvolvido pela Luciana Martins, chama muita atenção pelo formato inovador. Como surgiu a ideia de fazer uma coletânea de cartas?

Desenvolver o projeto gráfico foi uma parte bem demorada do livro. Queríamos um formato que dialogasse com o conteúdo do livro, com as viagens. Ficamos discutindo bastantes ideias e até consideramos cartões postal (mas os textos não entrariam neles!). Até que pensamos em envelopes e fez todo o sentido. Como o destinatário, que neste caso é o leitor, mudaria sempre, a Eva Uviedo fez ilustrações muito delicadas sobre os destinos, inspirada nos textos das autoras.

No perfil do site da editora Lote 42 vocês afirmam que “um livro é ao mesmo tempo de papel e digital”. Como você explicaria este conceito?

Acreditamos que a leitura não se esgota na última página e pode ter desdobramentos no mundo digital. Então, por exemplo, criamos sempre um site específico para cada livro, com material extra, vídeos e mais conteúdo que acrescenta sentido à obra.

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