Princesa japonesa corre o risco de perder título com casamento
Antiga tradição da família imperial japonesa faz com que mulheres da realeza tenham que tomar decisão difícil
Nesta semana, a princesa Mako, 26 anos, neta do imperador Akihito do Japão, informou que vai adiar o casamento para 2020. A japonesa havia anunciado em setembro do ano passado que iria se casar com o namorado Kei Komuro, mas decidiu esperar.
Isso porque por ser membro da realeza japonesa, Mako corre o risco de perder seu título de “princesa” por se casar com uma pessoa que não-membro da aristocracia local.
Assim, ela decidiu esperar até 2020, pois no momento é considerada “imatura” e até a data possuirá o status de princesa.
A decisão de Mako é motivada por uma antiga tradição da família imperial japonesa. Segundo os costumes, se uma mulher membro da corte decide-se casar com uma pessoa que não pertence à aristocracia, ela deve fazer uma escolha: seguir sua vontade em casar-se ou perder o status e posição na família real. A norma, entretanto, não se aplica aos membros homens da realeza.
Apesar de muitas famílias reais terem abandonado leis que privilegiam homens em relação a mulheres em suas tradições, o Japão não segue a mesma caminhada dos demais países.
Em 2015, por exemplo, o Reino Unido pôs fim ao costume de irmãos ultrapassarem o lugar das irmãs na linha de sucessão ao trono utilizando o gênero como critério. Como exemplo do que acontecia por lá, a princesa Anne, filha da Rainha Elizabeth II, teve seu lugar ocupado pelo irmão Andrew, dez anos mais novo que ela, apenas por ele ser homem.
No Japão, o gênero ainda é critério. Assim como a regra do casamento não vale para os japoneses da corte, as mulheres da realeza também não são incluídas na linha de sucessão ao trono imperial do país.
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