Presidente das Filipinas afirma ter violentado sexualmente empregada
O caso teria acontecido quando ele era adolescente; defensores dos direitos das mulheres acusam o político de incentivar agressões sexuais
O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, 73 anos, afirmou neste domingo (30) já ter violentado sexualmente uma empregada doméstica quando era adolescente. A confissão provocou indignação no país e ativistas pelos direitos das mulheres acusaram o chefe de Estado de incentivar crimes sexuais.
Ele contou que entrou no quarto da mulher quando ela estava dormindo e sem sua autorização. “Eu levantei o cobertor e tentei tocar o que estava na roupa íntima. Eu estava tocando quando ela acordou, então fui embora”, afirmou ele em discurso. Segundo ele, depois do episódio confessou a um padre que havia voltado novamente ao quarto para tentar agredir a mulher.
As declarações de Duterte foram feitas em um momento em que criticava a Igreja Católica por conta do histórico de denúncias de abusos sexuais cometidos por clérigos. Segundo ele, quando era adolescente, seus colegas e ele sofreram violência sexual por parte de religiosos.
O porta-voz do presidente, Salvador Panelo, disse que Duterte “inventou” a história da agressão contra a mulher. “Ele inventou uma piada para chamar a atenção para as agressões sexuais que ele e seus companheiros sofreram na escola”.