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Polícia conclui que Matheusa foi morta ao tentar tirar arma de traficante

Jovem não-binária desapareceu em abril de 2018 após entrar nua e desorientada em favela no Rio de Janeiro

Por Da Redação
6 jan 2019, 13h04

Após entrar nua e desorientada na comunidade de Morro do Dezoito, em Água Santa, bairro na Zona Norte do Rio de Janeiro, a jovem conhecida como Matheusa (registrada como Matheus Passarelli Simões Vieira) foi capturada e morta por traficantes em abril de 2018. Agora, relatório final do nquérito da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) concluiu que Matheusa foi assassinada ao tentar tirar arma de traficante quando levada para o “tribunal do tráfico”. 

Desde a execução, o corpo de Matheusa não foi encontrado. Os investigadores identificaram Genilson Madson Dias Pereira, o GG, e Messias Gomes Teixeira, o Feio, chefe do tráfico no Dezoito, como responsáveis pelo crime. Eles tiveram a prisão decretada e respondem por homicídio doloso e ocultação de cadáver. Messias está preso desde julho e Genilson encontra-se foragido. 

Matheusa foi capturada pelos traficantes e levada até uma área no alto do morro. Estava desorientada e tentou convencer um traficante a largar a arma. Quando encostou na arma, levou um tiro de fuzil”, explicou a delegada responsável pelo caso, Elen Souto, ao jornal Extra.

Segundo a delegada, Matheusa foi morta com um tiro de fuzil e, em seguida, teve o corpo esquartejado e incinerado a mando dos suspeitos já identificados; a polícia ainda investiga quem foi responsável pelo disparo. Por enquanto, os agentes sabem que ele é conhecido como “Pe da Boa”. 

Matheusa estudava Artes Cênicas na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e identificava-se como não-binária, isto é, não se encaixava nos gêneros masculino ou feminino.

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Na noite de sua morte, a jovem havia ido a uma festa no bairro Encantado, na Zona Norte do Rio, para fazer uma tatuagem na aniversariante. Na festa, a amiga desistiu de ser tatuada, frustrando Matheusa, que passava por dificuldades financeiras e precisava do dinheiro.

Ela passou a demonstrar descontrole emocional e, na hora de ir embora, saiu correndo pela rua, deixando seus pertences para trás. De acordo com a polícia, que observou seu trajeto por câmeras de segurança, Matheusa percorreu 1,6 quilômetros até chegar à entrada da favela Morro do Dezoito. Nas imagens, ela aparece correndo nua. 

A investigação teve acesso a trocas de mensagens de moradores e testemunhas do crime. “O cara tava doidão, andando pelado, foi lá pro Morro do Dezoito. Vai querer o quê? Os caras chamaram para conversar, o cara não tava falando coisa com coisa, tentou pegar as armas do maluco lá, os caras passaram o rodo”, diz um dos áudios anexados na investigação. 

*Com informações do Jornal Extra. 

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