Pela primeira vez na história, São Paulo tem policial trans na corporação
É o primeiro caso em quase 200 anos de história da PM do estado
Um importante passo para a diversidade e representatividade LGBT foi dado em São Paulo. Em quase 200 anos de história da Polícia Militar do estado, um homem transexual faz parte da corporação.
Emanoel Henrique Lunardi Ferreira, conhecido como soldado Henrique, atua na cidade de Ituverava (SP) conseguiu essa vitória recentemente.
Henrique faz parte da PM desde 2015 e, na época, entrou na corporação como a soldado Emanoely.
Em entrevista ao G1, o soldado contou que nunca se identificou com o gênero feminino e sempre se viu como homem. Com a ajuda de psicólogos foi, então, que Henrique entendeu-se como um homem trans.
“Eu entrei como mulher. Eu não sabia das questões transgênero. Eu não sabia sobre transição, nada a respeito. Então, eu não sabia que era trans”, explicou Henrique.
A partir de 2017, Henrique passou a exigir que fosse tratado com o nome masculino e, posteriormente, solicitou à PM que mudasse de nome. Na mesma época, o policial iniciou seu tratamento à base de testosterona.
O requerimento do soldado foi atendido quase mais de ano depois e hoje em dia Henrique é tratado pelo nome que se identifica.
“A Polícia Militar tem 188 anos, e este é o primeiro caso de transexual. Temos casos de homossexuais na PM, mas de transexual é o primeiro caso”, disse a capitã Cláudia Lança, chefe de comunicação social da PM em Franca.
Não é só na PM que Henrique conquistou o direito do reconhecimento enquanto pessoa trans. Sua certidão de nascimento também foi alterada e, atualmente, ele chama Emanoel Henrique Lunardi Ferreira no papel também.
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