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Titan: tudo sobre o submarino desaparecido em busca por Titanic

Submarino da OceanGate está desaparecido desde o último domingo e buscas exaustivas são realizadas em uma corrida contra o tempo

Por Adriana Marruffo
21 jun 2023, 15h25

O desaparecimento do submarino da OceanGate, no último domingo, vem gerando uma repercussão internacional. A expedição subaquática tinha o objetivo de se aproximar e ter uma vista real dos destroços do Titanic por meio de uma janela de 53 centímetros de diâmetro, cobrando US$ 250 mil dólares, ou seja, mais de 1 milhão de reais.

Os últimos sinais do submarino com a Guarda Costeira dos Estados Unidos ocorreram no domingo, 18, já estando há três dias no fundo do Oceano Atlântico.

Reunimos todas as informações sobre a expedição da OceanGate que se tem até agora e os detalhes das buscas que estão sendo realizadas. Veja a seguir:

O submarino Titan

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Uma publicação compartilhada por OceanGate, Inc. (@oceangate)

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O submarino, chamado Titan, tem 6,5 metros de comprimento por 3 metros de largura, podendo levar até cinco pessoas a bordo. Na expedição estão Hamish Harding, Shahzada e Suleman Dawood, Paul Henry-Nargeolet e Stockton Rush, CEO da OceanGate Expeditions.

Por ser um submarino de grande porte, precisou ser carregado na superfície do mar por 643 km até a região de mergulho. Porém, um dos fatores que mais tem assustado a mídia é que o Titan é guiado por um joystick que se parece muito com um controle de videogame.

A expedição dura oito dias e o pacote também inclui opção de mergulho de oito horas até os destroços da famosa embarcação inglesa que afundou em 1912, após se chocar contra um iceberg. Porém esta não é a primeira vez que surgem notícias sobre o submarino da Ocean Gate. Em 2022, o jornalista da CBS David Pogue fez uma reportagem sobre a expedição. 

Na segunda-feira (19), ele revelou que só desceu cerca de 10 metros, uma vez que houve problemas técnicos e se horrorizou com a aparência “amadora” do Titan. “Não há GPS debaixo d’água, então o navio de superfície deve guiar o submersível até o naufrágio, enviando mensagens de texto”, comentou o jornalista. Pogue também lembrou que o submarino Titan se perdeu por cerca de três horas durante a expedição em que ele participou no ano passado.

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Além disso, David Lochridge, ex-funcionário, já havia alertado a OceanGate sobre problemas de segurança do submersível, acabando demitido da empresa. Lochridge era o diretor de operações marítimas em 2018 e “responsável pela segurança de toda a tripulação e clientes”.

Titanic afundando
Expedição subaquática tinha o objetivo de se aproximar e ter uma vista real dos destroços do Titanic por meio de uma janela de 53 centímetros de diâmetro (Hulton Archive/Freelancer/Getty Images)

As preocupações levaram a um caso de quebra de contrato porque o funcionário teria se recusado a liberar testes tripulados dos primeiros modelos do veículo. Lochridge recebeu a informação de que a janela de visualização tinha certificação para aguentar pressões de até 1,3 mil metros. Contudo, a intenção da empresa era levar a expedição até o naufrágio do Titanic, a 3,8 mil metros de profundidade.

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Stockton Rush, CEO da OceanGate, declarou ao programa Unsung Science, de David Pogue, que existe um limite para a segurança da expedição.

“Você sabe, em algum momento, a segurança é apenas puro desperdício. Quero dizer, se você só quer estar seguro, não saia da cama, não entre no seu carro, não faça nada. Em algum momento, você vai correr algum risco, e é realmente uma questão de risco-recompensa”, afirmou Rush, além de reclamar da regulamentação dessas embarcações.

O desaparecimento

O submersível começou sua descida no domingo (18) de manhã, mas perdeu contato com uma tripulação do Polar Prince, o navio de apoio que transportou a embarcação até o local, 1 hora e 45 minutos após sua descida. A embarcação contava com suporte de vida por até 96 horas, de acordo com o site OceanGate, ou seja, haveria suprimento de oxigênio até a manhã de quinta-feira. 

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Desde então, a operação de busca está sendo feita em conjunto pelas Forças Aéreas dos Estados Unidos e do Canadá, além de terem sido iniciadas buscas aéreas. John Maugerda, contra-almirante da Guarda Costeira dos EUA, disse em entrevista que será preciso buscar em uma profundidade ainda maior que a da área atualmente buscada pelas sondas, uma vez que o submarino pode ter se deslocado.

Outras agências governamentais e empresas comerciais especializadas em águas profundas também estão ajudando na operação de busca. Os destroços do Titanic estão a cerca de 700 km ao sul de St John ‘s, no Canadá. Mas a operação de resgate está centralizada em Boston, no Estado de Massachusetts, nos EUA.

Os próximos passos

A Guarda Costeira dos Estados Unidos revelou que sua maior preocupação é localizar a embarcação do Titan, e caso as tripulações sejam encontradas na água, planos de resgate serão formados. Existem, contudo, alguns fatores que poderiam dificultar o resgate dos passageiros mesmo que a embarcação seja encontrada.

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Primeiramente, David Pogue explicou que os passageiros ficam “selados” dentro da cápsula principal por parafusos colocados externamente, os quais necessitam ser removidos por uma equipe externa, o que poderia durar horas, sendo uma corrida contra o tempo. 

Porém, as esperanças ainda são mantidas, uma vez que, equipes de resgate que procuram o submersível desaparecido perto dos destroços do Titanic detectaram “ruídos subaquáticos” na área de busca, indicando que o Titan estaria na região.

Se a embarcação estiver mesmo no fundo do Atlântico, existem diversas incógnitas sobre a possibilidade de sobrevivência. Existem poucos submersíveis capazes de alcançar as profundidades do Titanic e, mesmo que conseguissem chegar lá, eles não têm a capacidade de içar o Titan até a superfície.

Se o Titan estiver flutuando na superfície do oceano, as perspectivas ainda são negativas, uma vez que será difícil encontrar a embarcação na imensidão do mar, especialmente se estiver parcialmente submersa. O pior cenário é que algo tenha acontecido com o casco do submarino, causando uma implosão, uma explosão interna na qual o objeto é espremido sobre si mesmo.

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