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Nenhum negro vai levar o Oscar de melhor atuação – e isso, infelizmente, não é novidade

Dos 20 indicados, todos são brancos. As mulheres também estão de fora da disputa de melhor diretora. E essa história não é exclusividade da premiação deste ano.

Por Gabriela Abreu (colaboradora)
Atualizado em 28 out 2016, 00h30 - Publicado em 19 jan 2016, 15h31

Ainda não sabemos quais os vencedores, mas a certeza é de que a maioria serão homens brancos. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood disponibilizou na última quarta-feira (14) a lista de indicados das 24 categorias. Porém, nas quatro destinadas às melhores atuações (Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz Coadjuvante) não há nenhuma atriz ou ator negros. 

A falta de representatividade se estende também às mulheres: somente 24% dos indicados neste ano, apurou Hollywood Reporter. Na história do Oscar, apenas quatro foram indicadas a melhor direção e nenhuma ao prêmio de melhor direção de fotografia. No ano passado, ignoraram Ava Duvernay diretora de Selma – Uma Luta Pela Igualdade (sobre uma das marchas de Martin Luther King Jr). Entre as minorias, as atrizes transgênero Mya Taylor e Kitana Kiki Rodriguez, ambas por “Tangerine” e o porto-riquenho Benicio Del Toro por “Sicario: Terra de ninguém” também ficaram de fora.

Antes do anúncio, cotavam como indicados nomes como Will Smith, pelo filme “Um homem entre gigantes” e Samuel L. Jackson, por “Os oito odiados” – o que não aconteceu.

Infelizmente, a exclusão não é inédita: em 2015, a hashtag #OscarSoWhite (#OscarMuitoBranco) ganhou as redes sociais mostrando a indignação dos fãs de cinema. Já nesta segunda-feira (18), o premiado diretor norte-americano Spike Lee declarou que não irá participar da premiação por causa da falta de diversidade. “Como é possível, pelo segundo ano consecutivo, todos os 20 candidatos na categoria de ator serem brancos?” questiona Spike. “A batalha real está nos escritórios executivos dos estúdios de Hollywood, nas TVs e nas redes de televisão a cabo, porque são eles que eles têm o poder de realizar projetos”, diz. “É mais fácil para um afro-americano ser presidente dos Estados Unidos do que presidente de um estúdio de Hollywood”, afirma o cineasta. A atriz a atriz Jada Pinkett Smith também se manifestou e disse não ir à premiação, que acontece no dia 28 de fevereiro, em Los Angeles, Estados Unidos.

A questão nunca foi falta de talento, é claro, mas falta de espaço. Vale lembrar o discurso da atriz Viola Davis – primeira negra a levar o prêmio de Melhor Atriz Dramática no Emmy Awards, em 2015. “A única coisa que separa as mulheres de cor de qualquer outra pessoa é a oportunidade. Você não pode ganhar um Emmy por papéis que simplesmente não existem”, ressaltou. 

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A ameaça de boicote chegou a presidente da instituição, Cheryl Boone Isaacs que, em nota, prometeu mudanças no ingresso de novos membros na Academia, com uma atenção especial à diversidade, seja de gênero, raça, etnia e orientação sexual.

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