Mulher é morta pelo marido durante brincadeira com arma
O caso aconteceu em Praia Grande, São Paulo. Testemunhas contaram que homem mostrava arma quando revólver disparou.
Uma mulher foi morta pelo marido durante uma suposta brincadeira em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Imagens de câmeras de monitoramento da padaria, onde trabalhavam, foram obtidas pelo G1 e mostram o desespero do rapaz após notar que a arma havia disparado. Francisca Marinheiro da Silva, de 37 anos, chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital.
Alexandre Severino de Noronha, de 35 anos, e a esposa eram gerentes do estabelecimento e estavam no meio do expediente quando Noronha resolveu mostrar a arma que havia comprado.
O delegado Alexandre Comin, responsável pelo registro da ocorrência, contou que o casal trabalha em turnos diferentes e o disparo aconteceu em um intervalo no expediente. Eles estavam em um quartinho no fundo da padaria, onde os funcionários podem conversar reservadamente.
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“Ele pegou uma arma do armário e apontou, aparentemente brincando, para outro funcionário. Em seguida, ele deu risada e botou a arma na mesa. Logo depois ele apontou para a esposa, tirou parte da munição e abaixou. Após isso ele apontou de novo o revólver para a mulher e a arma acabou disparando”, afirmou Comin ao G1.
Segundo testemunhas, Noronha se desesperou ao ver que a arma havia disparado. Um funcionário da padaria chegou a tentar fazer uma massagem cardíaca em Francisca, antes da chegada da equipe de socorro, sem sucesso.
A vítima foi encaminhada com vida para o Pronto Socorro Central da cidade. O marido seguiu para o local e, ao receber a notícia de que a esposa não resistiu ao ferimento, passou mal e precisou de atendimento. Ele confessou para a médica que portava a arma quando disparou e ela acionou polícia.
“Nossa equipe foi ao local e o prendeu em flagrante. Ouvimos uma testemunha que realmente confirmou que ele estava brincando. Essa testemunha disse que ficou constrangida e resolveu sair do local. O disparo aconteceu em seguida”, contou o delegado.
Alexandre Severino de Noronha responderá por homicídio doloso e por porte ilegal de arma de fogo. “É doloso por ser um dolo eventual. Não se pode brincar com uma arma. Por mais que ele não tivesse a intenção de matá-la, só o fato de brincar e apontar a arma para a vítima faz com que ele tenha que responder dessa forma, já que assumiu um risco”, explicou Comin.