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Mulher denuncia caso de racismo em padaria paulistana

Cantora relata perseguição por parte se segurança de estabelecimento comercial por estar carregando uma mochila

Por Maria Beatriz Melero Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
31 mar 2018, 13h13

A cantora Marcela Maita relatou um caso de racismo sofrido por ela enquanto frequentava a padaria Galeria dos Pães na noite da última quarta-feira (28).

De acordo com vídeo compartilhado no Facebook da artista na madrugada de quinta-feira (29), um segurança do estabelecimento comercial paulistano passou a persegui-la durante sua passagem pela padaria.

Ao notar a os olhares fixos do funcionário e modo como esse agia, Marcela decidiu informar o ocorrido para o gerente da padaria. Para sua surpresa, o supervisor confirmou que a cantora estava, de fato, sendo vigiada porque carregava uma mochila nas costas.

“O gerente assumiu: ‘estavam te seguindo por conta da mochila’. Detalhe: haviam outras pessoas brancas com mochilas lá dentro”, conta Marcela.

Leia mais: A importância da representatividade na luta contra o racismo

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Diante do constrangimento sentido na Galeria dos Pães, Marcela decidiu realizar um boletim de ocorrência contra os responsáveis pelo estabelecimento no 78º Distrito Policial – localizado em frente à padaria.

Entretanto, a cantora foi impossibilitada de efetivar o documento pela precariedade no atendimento do posto policial. “Eu fui na delegacia, mas me falaram que estavam com quase quatro casos de flagrante. Não poderiam me ajudar. Levariam ao menos quatro, cinco horas e que eu deveria chamar o 190. Chamei. Quando os policiais chegaram, me questionaram por que eu não havia ido à delegacia próxima e eu tive que explicar. O cara do 190 disse que não poderia fazer nada.” Ela continuou: “Me senti extremamente vulnerável naquela situação. eu fui a vítima e no final saí humilhada.”

Em sua conta no Instagram, Marcela contou que tentou retornar realizar o boletim de ocorrência no dia seguinte, sexta-feira (30), em uma delegacia próxima a sua casa, na região do Jabaquara. Entretanto, não obteve sucesso novamente. Assim, as redes sociais tornaram-se a via para realizar a denúncia. “Racismo não é brincadeira. Acontece todo dia, toda hora (…) Vamos botar a boca no trombone mesmo. Isso acontece toda hora e não pode ser normalizado. Eu fui perseguida como uma bandida porque eu estava de mochila”, ressaltou.

Até o momento, a padaria Galeria dos Pães não se pronunciou sobre o ocorrido.

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Leia mais: Taís Araújo sobre racismo: “As pessoas não percebem nossa dor”

https://www.instagram.com/p/Bg8tGYrh_R6/?taken-by=marcelamaitaa

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