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Mulher conta como é ter filha de 4 anos morta pelo próprio irmão de 13

O crime bárbaro abalou a família da norte-americana Charity Lee há 11 anos

Por Da Redação
Atualizado em 2 nov 2018, 12h58 - Publicado em 2 nov 2018, 12h57

Será que a maternidade supera qualquer tipo de dificuldade ou mesmo episódios chocantes da vida familiar? A norte-americana Charity Lee vem demonstrando que sim há pelo menos 11 anos.

Tragédia na família de Charity

O passado da família de Charity guarda diversos episódios trágicos, conforme mostrou uma recente reportagem publicada pela BBC. Dentre elas, está o assassinato da filha Ella. Morta aos 4 anos, a menina foi esfaqueada pelo próprio irmão, Paris, de 13 anos na época.

O crime aconteceu há 11 anos e desde então Paris está preso. O jovem pode ficar encarcerado até, pelo menos, o 50º ano de vida.

Paris

A BBC, Charity contou que Paris nunca havia sido um motivo de preocupação em sua vida. Ele costumava ser um “bom menino”, em suas palavras, e calmo. Dava trabalho, mas nada que fosse além do que uma criança comum.

“Olhando para trás, algumas coisas que ele fez poderiam ter sido sinais de alerta, mas na hora que acontecem você pensa: ‘Tudo bem, é coisa de criança'”, disse.

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O caso

Tudo aconteceu no dia 4 de fevereiro de 2007. Na ocasião, Charity havia saído para trabalhar à noite, quando recebeu um telefonema da polícia informando que Ella que a filha estava ferida.

A mulher não entendeu por que a menina não havia sido encaminhada ao hospital, uma vez que estava com ferimentos. Foi, então, que os policiais lhe explicaram que filha estava morta.

Diante da notícia, Charity desmaiou. Ao retornar, perguntou sobre Paris. Então, foi informada sobre o autor do assassinato da filha. “E aí nada mais fez sentido”, desabafou.

Segundo contou a BBC, Paris convenceu a babá que cuidava dele e da irmã para que saísse antes que a mãe voltasse para casa. Assim, entrou no quarto de Ella e a apunhalou 17 vezes.

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Em seguida, ligou para um amigo, conversou com ele por cerca de 6 minutos e depois telefonou para o serviço de emergência dos Estados Unidos, o 911. Foi passado a Paris instruções para prestar os primeiros socorros à irmã e ele contou ter tentado fazê-lo, mas a investigação do caso revelou que nada foi feito no corpo da menina.

À mãe, Paris contou ter matado a irmã para livrá-la do “demônio” que estava em seu corpo. Mas a história foi desmentida anos mais tarde.

Quando tinha 15 anos, em uma conversa com Charity, Paris revelou que o plano inicial era matar a mãe e a irmã. Mas a ideia mudou.

“Parte da razão de ele ter me deixado viver é que, depois que matou Ella, percebeu que eu sofreria mais se ficasse viva. e ele me matasse, eu sofreria por 15 ou 20 minutos. Mas depois tudo estaria acabado, eu ainda estaria com Ella e ele, sozinho”, contou Charity.

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Como é ter um filho sociopata?

Charity define o filho como um sociopata, o tipo de pessoa com transtorno extremo de personalidade antissocial. Além disso, o disgnóstico foi dado a Paris pelo menos três vezes por profissionais.

Ainda não se sabe o que leva um indivíduo à sociopatia. Mas o que se sabe é esses costumam ser desprezo a regras, falta de remorso, emoções superficiais, narcisismo, entre outros.

“Ele diz: ‘Sei que em algum lugar dentro de mim deve existir uma gaveta que eu possa abrir; e toda a culpa, remorso e angústia sobre o que fiz com Ella vai estar lá. Mas quando eu abro a gaveta, não tem nada lá dentro. Apenas esqueci’. Ele simplesmente não sente isso”.

Charity disse que não se sente completamente em paz em saber que é mãe de um sociopata, mas sabe que não pode dar às costas para o filho. “Sei que não criei meu filho desse jeito, mas não vou dar as costas a ele por ele ser do jeito que é (…) Paris é um predador”, analisa ela, fazendo analogia a um tubarão.

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Amor, mas sem perdão

É por esse motivo que Charity afirma que seu amor pelo filho ainda existe. “Eu nunca, nunca, deixei de amar meu filho.

Entretanto, a norte-americana lembrou que é difícil perdoar o filho pela atitude que teve. “Teria sido outra coisa se Paris sofresse de esquizofrenia ou de um terrível transtorno e tivesse sido verdadeiramente incapaz de tomar outra decisão. Mas esse não é o tipo de transtorno que ele tem: ele é muito frio, muito calculista, muito inteligente… (Matar a irmã) não foi uma decisão por impulso. Ele me disse que escolheu conscientemente Ella porque sabia que isso causaria um dano maior.”

Medo

Paris deve cumprir pena até 2047, quando pode ser liberado. Ella teme o que pode acontecer com ela e seu novo filho, Phoenix. “Ele não vai mudar. Ele não mudou muito desde os 13 anos de idade.”

Culpa

Não é raro Charity ouvir insultos de amigos e conhecidos sobre o que aconteceu em sua família creditando o caso a ela. Quando questionada se sente culpada por tudo, Charity afirmou que sim e que não.

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Ela acredita que sua recaída à dependência química pode ter contribuído para inflamar a ira de Paris. Entretanto, a norte-americana também pensa que características genéticas da sociopatia do filho não poderiam impedi-lo de ter cometido o crime bárbaro.

Leia mais: No interior de SP, mulher trans é agredida a marteladas

 

 

 

 

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