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Jovem saudita sugere criação de emoji com véu islâmico

A estudante Rayouf Alhumedhi, de apenas 15 anos, que mora em Berlim, não se vê representada naquela variedade imensa de pequenos rostinhos

Por Débora Stevaux (colaboradora)
Atualizado em 12 abr 2024, 16h34 - Publicado em 16 set 2016, 15h46

Os emojis deixaram de ser sensação somente entre os jovens há algum tempo. Nos dias de hoje, não há nada mais comum do que em vez de dizer como se sente ou como está, mandar uma daquelas carinhas tão conhecidas para expressar se está triste, feliz, com raiva ou enjoada. E não é que o receptor da mensagem entende até melhor?

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Mas imagine se você olhasse para todas essas figurinhas e não se identificasse com nenhuma, como iria fazer para se expressar? É o caso da estudante saudita Rayouf Alhumedhi, de apenas 15 anos, que não se vê representada naquela variedade imensa de pequenos rostinhos. A adolescente segue os preceitos da cultura islâmica e faz uso do véu – assim como suas amigas, que também se sentem incomodadas por não encontrarem o desenho de uma garotinha que se enxergue na tela como se veem no espelho: com a cabeça envolta por um hijab

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Divulgação
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Mas a boa notícia é que Rayouf entrou em contato com a empresa responsável pela criação dessa linguagem, a Unicode Consortium – além disso, várias atores defenderam a reivindicação da adolescente, fato que dá maior peso a uma decisão favorável. Jennifer Lee é uma das integrantes do comitê dos emojis e não só adorou a proposta, como também tem apoiou o projeto – ajudando a jovem, que atualmente mora em Berlim e faz uso do véu desde os 13 anos de idade, a colocar a ideia em prática. 

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Num mundo que tende cada vez mais a desrespeitar a cultura que não segue os padrões da ocidental – como vimos, recentemente, no caso da França que proibiu o burquíni, peça utilizada por muitas mulheres de tradição islâmica para se banharem sem ter que mostrar o corpo – é fundamental que essas meninas vejam que elas existem, mesmo que seja num símbolo do teclado. Isso ultrapassa os efeitos benéficos da auto-estima, é uma questão de identidade e representatividade. 

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Mesmo que o procedimento para que a carinha seja enfim criada leve muito tempo – muito provavelmente os emojis com véu aparecerão nos smartphones a partir do ano que vem – a garota já conta com todo o apoio técnico fundamental para desenvolvê-lo. Exemplo disso é o entusiasmo de Alexis Ohanian, co-fundador da Reddit, uma rede social destinada ao debate de questões pertinentes, com a sua ideia. 

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