É HOJE! Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Jogadora Formiga: “Troco ouro por mais mulheres nos grandes clubes”

A meio-campista baiana reclama da falta de times femininos no Brasil

Por Débora Stevaux (colaboradora)
Atualizado em 12 abr 2024, 15h06 - Publicado em 15 ago 2016, 18h35
Agência Reuters
Agência Reuters (/)
Continua após publicidade

Recordista três vezes, a meio-campista baiana Miraildes Maciel Mota, mais conhecida como Formiga, não se contenta por ter sido a brasileira que participou mais vezes dos Jogos Olímpicos: o total de seis vezes, contando com a Rio 2016. Lá estava ela, representando o futebol feminino em todas as edições das Olimpíadas, a partir da primeira vez em que o esporte passou a fazer parte do calendário olímpico, há vinte anos, em Atlanta. Mas a história não para por aí.

Leia mais: Marta é melhor que Neymar, Feliciano, Bolsonaro e MC Biel​.

O sonho dourado acompanhou a veterana desde quando pisou em território estrangeiro pela primeira vez: na cidade georgiana, em 1996, com apenas 18 anos. Reconhecida pelo seu talento entre as próprias companheiras de campo, o título de “mito” não veio à toa: também é de sua responsabilidade e mérito o trabalho de formiguinha – literalmente – de crescimento e reconhecimento das mulheres de chuteira

Veja também: A seleção feminina nos lembrou (de novo) por que o Brasil é o país do futebol​.

Porém, ainda há um longo caminho pela frente, prova disso foi a última declaração de uma das melhores volantes da história do futebol feminino: “Troco tudo que conquistei e o que posso conquistar pela implantação do profissionalismo no Brasil. Sem pensar um momento”, dispara em recente entrevista à Uol. “Eu não teria medalha, mas o Brasil ganharia muitas. Basta profissionalizar para que venha o ouro muitas vezes”, diz Formiga sobre a falta de espaço das mulheres nos grandes clubes. 

Rafael Ribeiro/CBF
Rafael Ribeiro/CBF ()

Leia mais: Ataques a Joanna Maranhão: o Brasil mostra a sua cara. E ela é bem feia.

Continua após a publicidade

Aos 38 anos, Miraildes, que já bradou contra o principal rótulo que recai sobre as costas de qualquer jogadora, de que “mulher que joga bola é macho“, permanece com a mesma postura combativa de quem teve que vencer muitos obstáculos para chegar tão longe: “Não vou parar de falar. As coisas precisam melhorar“.

Veja também: A pequena gigante: os vôos da ginasta Rebeca Andrade​.

Depois da vitória sofrida contra a Austrália, na última sexta (12), nos pênaltis, que marcaram no placar um acirrado 7×6, no Estádio do Minerão, Formiga fez questão de mostrar como o apoio da torcida foi fundamental para a classificação para a semifinal: “Quando a gente joga aqui, o carinho é enorme. Todo mundo gosta da gente. É um sucesso. Por que os clubes não montam times femininos? Impossível dar errado”.

Leia mais: Rafaela Silva é ouro para o Brasil! Conheça sua história de superação​.

Numa garra indescritível, uma das 18 meninas que entrarão em campo nesta terça (16), desta vez contra a Suécia, dedica a possível vitória às colegas que já não entram mais em campo: ““Roseli, Pretinha, Sissi…Tanta gente boa. Queria ganhar por elas também”, mas não deixa de lembrar que não será tarefa tão fácil: “Vai ser um jogo complicadíssimo. Elas eliminaram os EUA, elas tem uma grande treinadora e vão jogar da mesma maneira contra a gente. Precisamos paciência”. Imagine se a seleção masculina tivesse a mesma humildade e destreza que a feminina? 

Continua após a publicidade

Veja também: “Não sou a próxima Bolt ou Phelps. Sou a primeira Simone Biles”​.

.
. ()

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de 10,99/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.