Idosa diagnosticada com câncer troca quimioterapia por “viagem dos sonhos”

Norma Bauerschmidt tinha 90 anos quando foi diagnosticada com câncer uterino terminal em julho de 2015. Porém, em vez de se submeter ao penoso tratamento com quimioterapia, a senhora decidiu concentrar suas energias em fazer uma viagem de despedida pelos EUA de carro.

Ela passou um ano percorrendo o país em um motorhome  – um veículo todo equipado que faz as vias de casa – com o filho Tom e a nora Ramie. Eles passaram por 34 dos 50 estados norte-americanos em um trajeto de mais de 20 mil quilômetros.

A história ganhou o público e a página que a família criou no Facebook para reunir notícias sobre a viagem viralizou e atraiu mais de 400 mil seguidores.

A ideia da viagem surgiu após o diagnóstico de Norma, que descobriu o câncer em um exame de rotina, dois dias depois da morte de seu marido. A nora contou à BBC que ela e marido, filho de Norma, já estavam sem residência fixa, vivendo na estrada, por alguns anos e então a convidaram para morar com eles. “Ela precisou de apenas um minuto e meio para pensar”, disse.

A primeira providência que o casal tomou antes de partir foi a de comprar uma cadeira de rodas para a idosa.

Entre praias, parques e afins, a senhora realizou um desejo de longa data: passear de balão. A nora conta que a sogra aproveitou ao máximo a viagem. “Ela teve um último ano de vida bem feliz”, disse Raime.

À medida que página Driving Miss Norma – alusão ao título original do filme Conduzindo Miss Daisy (1989) – foi ganhando popularidade, a família começou a receber convites para eventos que iam desde jantares na casa dos seguidores até ingressos VIP para um jogo da liga de basquete americana.

Em setembro deste ano, porém, a saúde de Norma começou a piorar rapidamente. A família estacionou o motorhome na ilha de San Juan, no Estado de Washington, para que ela recebesse cuidados paliativos. A viagem sobre rodas chegou ao fim no dia 30 de setembro, quando a família de Norma anunciou sua morte pelo Facebook.

Pelas fotos, dá para ver que foi uma vida e tanto, não é mesmo?