Homem mata esposa em motel e comete suicídio em seguida
Logo após o crime, o rapaz enviou uma mensagem para seu irmão, avisando que iria tirar sua própria vida
Dayse Auricea Alves, de 40 anos, foi morta a tiros pelo marido na noite de segunda-feira (15), em um motel em Campina Grande, na Paraíba. Após o crime, o homem se matou.
O crime teria acontecido por volta das 21h40. Segundo a Polícia Civil, Aderlon Bezerra de Souza, de 42 anos, estava armado com um revólver e, após atirar contra sua esposa, enviou uma mensagem para seu irmão informando-o do homicídio e avisando que iria tirar a própria vida.
Nas mensagens, divulgadas à TV Paraíba, o homem mandou “Ei, matei Dayse, estou me suicidando agora.” Em seguida, ele liga duas vezes para o irmão e continua “Estou no parque motel, suíte 24, agora não tem mais jeito. ‘Xau mano'”.
Para a polícia, Aderlon planejou a morte da esposa. O irmão revelou que, no dia do crime, o rapaz deu um abraço nele e na mãe, como se estivesse se despedindo.
A delegada de homicídios responsável pelo caso, Nercília Dantas, contou que os corpos de Aderlon e de Dayse Ariceia da Silva Alves, de 40 anos, foram encontrados vestidos, um ao lado do outro, na cama da suíte 24 do motel.
Separação
De acordo com informações da polícia, o casal estava separado há 9 dias, mas a família afirma que Dayse e Aderlon já não viviam na mesma casa há cerca de um ano.
O irmão de Aderlon, em depoimento à TV Paraíba, contou que o casal de conheceu quando Dayse tinha 15 anos e que o irmão não aceitava o fim do relacionamento.
“Desde que ela deixou ele, ele estava em depressão e não aceitava o fim do relacionamento, acompanhava tudo o que ela publicava nas redes sociais. Na sexta-feira (12), foi o aniversário dela e eu fiquei monitorando ele o dia todo, já imaginando que ele poderia fazer algo contra ela”, disse o irmão de Aderlon.
Dayse completou 40 anos na sexta-feira (12). Na manhã da segunda-feira (15), ela recebeu uma festa surpresa dos amigos e familiares, na Secretaria de Educação do município de Boa Vista, no Cariri paraibano, onde a mulher era gerente administrativa.
Já Aderlon era motorista da prefeitura, que decretou luto por três dias.
Investigações
À princípio, a polícia acredita que Aderlon teria convidado a esposa para comemorar o aniversário dela no motel, onde o crime aconteceu. Segundo informou a delegada Nercília Dantas ao G1, o casal teria entrado no local em comum acordo.
“A gente não tem informações de como ele planejou tudo porque não conseguimos desbloquear o celular dele ainda. Eles foram juntos para o motel no carro dela. No local não havia nenhum sinal de que ela teria entrado forçada”, explicou.
Pelos indícios deixados no local – a organização reinava na cena do crime, segundo a delegada – Dayse não entrou forçada no quarto. “A malinha do trabalho dela estava na cadeira, a bolsa na mesa, os celulares arrumados em outro ponto, então pela forma que o local estava, não tem indícios de que ela entrou lá forçada, entraram em conjunto, mas isso de fato só será comprovado após as investigações serem concluídas”, afirma.
De acordo com a polícia, o casal deu entrada no motel às 17h30 da segunda-feira (15). Por volta das 20h, funcionários do local escutaram um barulho como de um tiro. Cerca de uma hora depois, os funcionários ouviram outro disparo.
Velório e sepultamento
O velório ocorreu ontem (16), no Campo Santo da Paz, em Campina Grande. O sepultamento foi agendado para o final da tarde de hoje (17). O casal deixa duas filhas, uma de 8 anos e outra de 17.
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