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Exposição promove debate sobre a rejeição da moda a modelos plus-size

Mostra sugere que a vergonha do corpo, com raízes no século 19, continua um fardo nos dias de hoje

Por Ana Carolina Castro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 out 2016, 01h05 - Publicado em 20 jan 2016, 14h02
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Quais são as origens do tabu envolvendo gordura e beleza? E o que sustenta esse preconceito apesar do apelo popular às campanhas de empoderamento às mulheres de beleza real? Essas são algumas questões levantadas pela exposição “Além da Medida: a Moda e a Mulher Tamanho Grande”, em cartaz na Universidade de Nova York.

Organizada por estudantes de moda da Escola Steinhardt, da NYU, a exposição reúne fotos, manequins, vídeos e anúncios  que sugerem que a vergonha da gordura, com raízes profundas no século 19, continua um fardo nos dias de hoje. 

Em imagens do fim do século 19 e início do século 20, as mulheres curvilíneas são representadas como grotescas  e descontroladas. Na galeria, essas mulheres são personificadas por “Nettie, a Gordinha”, atração de um show apresentada em um cartaz do início do século 20 como ridícula e infantil.

A tentativa midiática de aceitação das mulheres exuberantes que começou nos anos 1990 foi destacada na exposição com Stella Ellis, conhecida como a primeira modelo tamanho grande. Ela tem porte de diva, desfilou para Jean Paul Gaultier em 1992 e apareceu em seus anúncios com seios à mostra e o penteado alto como o de uma cantora de ópera. Uma musa real.

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Para a curadora Tracy Jenkins, o principal objetivo da exposição é promover o debate sobre o tabu envolvendo mulheres curvilíneas no mundo da moda e analisar quão lento tem sido o avanço da aceitação das modelos plus-size. “Hoje a gordura está muito menos estigmatizada, especialmente entre os jovens”, afirma a curadora Tracy Jenkins. “Mas a moda não aceita a gordura. A função da moda é excluir”, disse ela em entrevista ao The New York Times.

Para ela, a gordura ainda causa estranhamento em passarelas convencionais ou  em material impresso. “É um tabu mais persistente que os de raça, idade ou classe”, acredita Tracy. Isso porque, independentemente de raça, idade ou status, pode-se chegar a uma silhueta que não brigue com a moda.

Mesmo nos veículos onde a gordura é exibida, deve ser “suavizada”. Isto porque as mulheres quase sempre têm suas saliências e curvas estrategicamente suavizadas ou cobertas. As modelos preferidas são as de cabeça pequena, sem queixo duplo, com pele lisinha e sem estrias. “Na moda plus-size, há tantos espelhos quanto na convencional”, diz Tracy Jenkins. 

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