Estimule o cérebro e turbine sua memória
É preciso cuidar da memória desde cedo. A seguir, uma coleção de dicas para estimular o cérebro e manter suas funções em dia
“Ler supera qualquer outro exercício intelectual para a memória”, afirma o neurocientista Ivan Izquierdo
Foto: Getty Images
Quando a gente estimula o cérebro, ele passa a produzir substâncias que melhoram e aumentam o número de conexões entre as células nervosas (neurônios), turbinando nossa memória.
Esvazie a mente
Meditar provoca mudanças em regiões do cérebro associadas à memória, diz estudo americano do Massachusetts General Hospital. Ao avaliar imagens cerebrais de praticantes, os cientistas viram que essas áreas tornaram-se mais densas. Além de ganhos cognitivos, a técnica de esvaziar a mente gera bem-estar. Os benefícios foram notados após oito semanas, com sessões diárias de 27 minutos. Não sabe meditar? Aprenda já!
Devore livros
“Ler supera qualquer outro exercício intelectual para a memória”, afirma o neurocientista Ivan Izquierdo, do Rio Grande do Sul. Segundo explica em seu livro Memória (ArtMed), o cérebro é levado a fazer um enorme e rápido scanning cada vez que uma letra é lida. Não há, portanto, nenhuma atividade nervosa que exija tanto em tão pouco tempo.
Mexa o corpo
Ao praticar atividade física, você faz o coração trabalhar e, assim, reduz o risco de desenvolver problemas cardiovasculares – que podem levar à deficiência da memória. “Pessoas que têm pequenos e silenciosos derrames apresentam falta de massa encefálica, essencial para um bom desempenho do cérebro”, explica o neurocirurgião Fernando Gomes Pinto,de São Paulo.
Desafie o cérebro
Aprenda um idioma, um instrumento musical, uma técnica artística… Ampliar a reserva funcional do cérebro é essencial para estimular os neurônios e a memória. Mas não basta aprender uma nova função. “O grande lance é usar tal mecanismo sistematicamente”, diz o médico Fernando Pinto. Então, não perca a chance de oferecer sempre situações desafiadoras para si mesma, como viajar para um lugar em que nunca pisou ou provar sabores inéditos.
Cuide das curvas
Mais um ponto contra a obesidade: as pessoas mais rechonchudas estão mais sujeitas a perder a capacidade cerebral e a memória do que as magras. Um estudo realizado na Universidade College London, na Inglaterra, revelou que o excesso de peso acelera a velocidade com que as funções cognitivas se deterioram. Os cientistas, no entanto, ainda não sabem como explicar essa relação.
Coma vegetais
Seu cardápio deve ser farto em vegetais, em especial cenoura, pimentão e aipo. Cientistas da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, concluíram que a luteolina, presente nesses alimentos, melhora a saúde cognitiva, pois diminui a produção de substâncias inflamatórias no cérebro. Rodney Johnson, responsável pelo estudo, afirma que as inflamações são grandes causadoras de problemas de memória – além de outros males, como depressão e sonolência.
Vá de vitamina B12
Um estudo conduzido no Centro Médico da Rush University, em Chicago, nos Estados Unidos, revelou que adultos com deficiência dessa vitamina são mais propensos a ter menor volume cerebral e falhas cognitivas do que aqueles com níveis adequados da substância. Para garantir uma quantidade satisfatória de B12 no organismo, consuma regularmente peixe, carne, frango, ovos, leite e seus derivados.
Mães, aproveitem
Motivo extra para celebrar a maternidade: apesar de mais cansadas, as mulheres se lembram de mais coisas quando se tornam mães. Pesquisa da Carlos Albizu University, em Miami, nos Estados Unidos, comparou a memória de um grupo com filhos pequenos e outro sem filhos. O primeiro conseguiu recordar mais itens em um teste. Ocorre que, embora possa ficar comprometido durante a gestação, o cérebro se reorganiza após o parto, privilegiando a memória.
Seja saudável
Bons hábitos, como não abusar de álcool e dormir bem, ajudam a preservar as funções cerebrais. Pesquisa da Universidade de Washington, em St. Louis, nos Estados Unidos, mostrou que não só a quantidade mas a qualidade do sono pode afetar a memória. Já um estudo espanhol testou universitários de dois grupos, um de bebedores e outro de abstêmios. Os primeiros apresentaram redução na capacidade de aprender novas informações transmitidas verbalmente.