Escócia incorpora direitos LGBTI no currículo escolar
Medida busca combater casos de bullying, preconceito e discriminação
A Escócia se tornará o primeiro país do mundo a incorporar o ensino dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e intersexuais em seu currículo escolar. A decisão foi definida como um momento histórico para o movimento pelos ativistas.
Com a nova medida, escolas estaduais serão obrigadas a ensinar os alunos sobre a história dos movimentos LGBTI e suas lutas por igualdade, além de combater a homofobia.
“A Escócia já é considerada um dos países mais progressistas da Europa na questão da igualdade LGBTI”, afirmou o vice-primeiro-ministro escocês, John Swinney, ao Parlamento da Escócia na quinta-feira (08), citado pelo jornal britânico The Guardian. “Tenho o prazer de anunciar que seremos o primeiro país do mundo a incluir a educação inclusiva LGBTI no currículo escolar.”
A decisão foi anunciada após o governo escocês aceitar as recomendações feitas por um grupo de trabalho liderado pela campanha Time for Inclusive Education (TIE). Um estudo encomendado pela campanha concluiu que nove em cada dez escoceses LGBTI vivenciou homofobia na escola, e 27% relataram ter tentado cometer suicídio após ser alvo de bullying.
Jordan Daly, cofundador da TIE, definiu a decisão do governo como uma “vitória monumental da nossa campanha e um momento histórico para o nosso país”.
Escola Sem Partido
No Brasil, o movimento conhecido como Escola Sem Partido, angariado por lideranças de pautas conservadoras, pretende limitar a fala de professores dentro da sala de aula. Entre as proibições estão abordagens de identidade de gênero. A proposta obriga também que as instituições fixem um cartaz definindo deveres do professor em salas de aula, sala de professores e em outras dependências.
Veja também: As vitórias LGBT por igualdade nos últimos anos no Brasil
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