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Desidratação em crianças: quais são os sintomas e como prevenir

Com a chegada dos dias mais quentes, é comum que as crianças apresentem sinais como diarreia e vômito, mas há outros sintomas que merecem atenção

Por Débora Stevaux Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
17 out 2017, 18h47
 (Kerkez/ThinkStock)
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Se com a chegada dos dias muito quentes, nós já sentimos um grande desconforto e uma necessidade imensa de nos hidratarmos, imagine para os pequenos! Os casos de desidratação infantil aumentam consideravelmente no verão.

Normalmente, a desidratação é uma consequência de outras irregularidades apresentadas pelas crianças e pode ser classificada em três níveis, conforme explica o Dr. Nelson Douglas Ejzenbaum, pediatra e neonatologista da Sociedade Brasileira e Americana de Pediatria. “É muito difícil para pessoas leigas, como os pais e outros familiares, classificarem a desidratação, embora o vômito e a diarreia sejam dois importantes sinais para que seja feito o diagnóstico. A desidratação também pode ser classificada em leve, média e grave. Sendo que no último estágio, a criança é passível de internação.”

O especialista diz que, quanto mais nova for a criança, maiores as chances de apresentarem o problema. “A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o bebê seja amamentado exclusivamente até completar 6 meses de idade, por isso é importante que os pais não deem, em hipótese alguma, água para os pequenos, nessa idade.”

“Após completarem 6 meses, os bebês podem tomar cerca de 80 mL por dia. A maioria dos problemas que aparecem nessa faixa etária estão ligados a dificuldades da mãe de dar o peito ou do filho de pegar o peito ou tomar a fórmula, caso seja o caso”, explica.

Nelson também esclarece que ao contrário do que a maioria pensa, a água não surte efeito positivo na desidratação a ponto de reverter o quadro. “A maioria dos especialistas indica, para se hidratar, que os pequenos tomem soro caseiro, e caso haja recusa, que a substituição seja feita por água de coco ou isotônico”, informa.

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“Se a criança está desidratada e os pais ou familiares dão muita água, ela pode desenvolver uma condição chamada de hiponatremia, que pode ser caracterizada pela baixa do nível de sódio no sangue”, indica.

Além da náusea e das fezes moles e disformes, outros sintomas recorrentes nos quadros de desidratação são “olhos fundos, mucosa da boca seca, sem saliva, pele sem turgor, sonolência, debilidade física; fraqueza, abatimento e moleza”, pontua o doutor.

Além disso, a desidratação também pode ser acarretada por infecções e problemas renais. O pediatra recomenda que a melhor forma de prevenir o aparecimento da condição é, além de ofertar uma quantidade saudável de alimento e líquidos como água e sucos, aumentar o consumo de frutas nos dias mais quentes para bebês maiores de 6 meses de idade, sem esquecer, é claro, do leite materno.

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