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Companhia aérea lança classe exclusiva para mulheres no avião

Companhia aérea indiana reserva assentos para mulheres viajando sozinhas, após denúncias de assédio nos voos

Por Da Redação
Atualizado em 5 abr 2017, 19h41 - Publicado em 18 jan 2017, 17h44
Young woman sits in a chair of the airplane (/ThinkStock)
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Após queixas de assédio sexual em voos – mulheres teriam sido agarradas por passageiros durante a viagem –, a companhia aérea Air India criou uma seção exclusiva para mulheres viajando sozinhas em suas aeronaves. Os primeiros seis assentos da classe econômica serão reservados para mulheres, que podem solicitá-los sem custo adicional. Além disso, para conter “passageiros descontrolados” a companhia terá algemas de plástico à disposição. A principio, a decisão vale para voos dentro da Índia.

“Nós sentimos que é nossa responsabilidade aumentar o nível de conforto das passageiras”, disse o diretor da companhia aérea Meenakshi Malik ao jornal The Hindu. A ideia, no entanto, gerou argumentos contrários. “Até onde eu sei, isso não acontece em outro lugar do mundo”, comentou a ex-executiva da Air India Jitendra Bhargava. 

Leia também: Escola cria projeto para educar meninos contra machismo

Vagão Rosa

No Brasil, medidas semelhantes dividem opiniões. Em 2006, foi aprovada uma lei no Rio de Janeiro que institui a criação do chamado “vagão rosa”, destinado às mulheres em trens e metrôs, como resposta a denúncias de assédio de passageiros. Dez anos mais tarde, o homem que viaja no “vagão rosa” passou a ser punido com multas que podem ultrapassar mil reais.

Enquanto algumas aprovam a ferramenta, sob o pretexto de que, contando com um espaço exclusivo, as mulheres estariam mais protegidas da violência sexual; outras a rechaçam. O argumento é que esta seria uma forma de cercear o espaço da potencial vítima, em vez de educar os homens e punir possíveis agressores.

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A decisão da Air India soma-se a outros anúncios controversos da empresa. Em 2009, ela demitiu nove aeromoças por estarem “acima do peso”, alegando que sua forma física poderia “prejudicar sua agilidade”. Tripulantes acima do peso foram ameaçados de não poderem voar seis anos depois, já que não teriam como agir em situações de risco. 

Leia também: Anna Muylaert: “O machismo está nas pequenas regras do dia a dia que diminuem a mulher”

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