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Cidade chilena cria curso de ‘desprincesamento’ para garotas. Entenda o que é isso!

No projeto são ministradas atividades desenvolvidas em seis módulos, como aulas de defesa pessoal, atividades manuais e canto. Toda a programação é realizada na Casa de Cultura daquele município e busca fazer as garotas repensarem desde pequenas sobre o que é ser mulher

Por Redação CLAUDIA
Atualizado em 28 out 2016, 07h35 - Publicado em 17 mar 2016, 15h01

Desde muito pequenas, somos educadas para sermos princesas. Além de marcarem presença em praticamente todas as referências cinematográficas, televisivas e musicais para meninas, as “princesas” fazem parte do exemplo mais comum de como devemos deixar aflorar a nossa feminilidade, porque para ser uma é necessário ser agradável, bonita, cheirosa, atraente e encantadora. Ou vai me dizer que você nunca desejou ser a Cinderela, Bela Adormecida ou a Bela? Tudo isso pode parecer inofensivo, mas pelo simples fato de ir de encontro com os padrões de gênero, não é. 

É na tentativa de desconstruir esses valores e exemplos tão inerentes nas nossas vidas que o Escritório de Proteção de Direitos da Infância de Iquiaque, uma cidadezinha no norte do Chile, criou um workshop de “desprincesamento” destinado a meninas de 9 a 15 anos.

No projeto são ministradas atividades desenvolvidas em seis módulos, como aulas de defesa pessoal, atividades manuais e canto. Toda a programação é realizada na Casa de Cultura daquele município e busca fazer as garotas repensarem desde pequenas sobre o que é ser mulher. Além de tratar sobre questões especialmente complicadas para elas nessa idade, como padrões de beleza, objetivos e o conceito pré-fabricado de felicidade, sempre atrelado, no caso feminino, à necessidade de encontrar um marido, também conhecido como “príncipe encantado”.  

“Buscamos dar a elas ferramentas para que elas cresçam como meninas livres de preconceitos, empoderadas e com a convicção de que são capazes de mudar o mundo, e que não precisam de um homem do lado para isso”, conta o coordenador do Escritório de Proteção de Direitos da Infância da cidade, Yury Bustamante à revista Mirador de Atarfe.

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De acordo com o jornal argentino El Patagónico, a iniciativa foi um sucesso, e não poderia ser diferente: as 20 vagas disponíveis foram preenchidas e várias garotas que não conseguiram participar da primeira edição já manifestaram sua vontade de que a oficina aconteça com uma regularidade maior durante o ano. Yury também deixou claro seu maior objetivo: “abrir espaços de discussão com as meninas sobre desigualdade de gênero, mas usando elementos que elas possam identificar, para que elas tenham uma oportunidade de passarem a incorporar outros elementos na construção de sua identidade como mulheres”.

Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas do Chile, de novembro de 2014 a janeiro de 2015, 48,3% das mulheres maiores de 15 anos declararam estarem trabalhando ou em busca de emprego. Enquanto os homens representam 72% do mercado de trabalho chileno, o que faz do país um dos que possuem as menores taxas de participação feminina neste setor. Pode parecer bobagem, mas é por essas e outras que projetos como este são tão importantes na vida das mulheres. 

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