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Brumadinho: Animais sentiram antes o rompimento da barragem

Segundo especialista, os bichos tem os sentidos mais aguçados que os seres humanos

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2020, 11h17 - Publicado em 7 fev 2019, 15h46

Os sobreviventes da tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, relataram a veículos de imprensa que cachorros, vacas, galinhas e bois que viviam próximo a barragem do Córrego do Feijão apresentaram um comportamento estranho antes da avalanche de lama que deixou, até o momento, 150 mortos e 182 desaparecidos.

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Em entrevista ao Uol, o professor de zoologia e comportamento animal da Unesp, Carlos Alberts, explicou que uma das razões para a agitação dos bichos é o fato de que eles têm os sentidos mais aguçados que os seres humanos, sendo possível que ouviram sons emitidos antes da avalanche.

A barragem não rompe de uma vez só. Ela tem movimentos anteriores ao rompimento completo. Esses movimentos geralmente emitem sons ou muito baixos ou infrassom, que é uma frequência abaixo do que o ouvido humano consegue ouvir”, explicou o especialista ao Uol.

De acordo com o professor, além do som causado pelo choque de moléculas dentro da barragem, os animais tambémpodem ter sentido o que estava para acontecer pelo tato das patas no chão, “muitos animais conseguem sentir a vibração da terra”, relatou.

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(Mauro Pimentel | AFP/Reprodução)

Lieuzo Luiz dos Santos, um dos sobreviventes que estava acima da barragem disse, em entrevista à TV Globo, que não ouviu nenhum som antes do rompimento, só percebeu que o gado estava correndo pouco antes do chão começar a se abrir.

Os sentidos podem ter contribuído para que alguns animais conseguissem sobreviver. Há relatos de famílias que acharam seus cachorros após voltarem à região onde estavam. “Os animais não erram, eles percebem antes da gente. A gente precisa ver ou estar muito perto, ouvir um som alto. Eles podem estar à distância”, aponta o professor.

Segundo Alberts, a sensibilidade dos animais vem de anos de evolução e da seleção natural. “Eles estão geralmente em duas condições opostas: ou são presas ou são predadores. Em ambos os casos, a sobrevivência depende de eles descobrirem uns aos outros”, explica o especialista.

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