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A história do casal milionário que se dedica a salvar imigrantes náufragos no mediterrâneo

Regina e Christopher Catrambone desembolsam 450 mil dólares por mês para manter a missão viva e também contam com pequenas doações

Por Isabella D'Ercole Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 out 2016, 02h29 - Publicado em 8 set 2015, 10h12

Só neste ano, mais de 153 mil imigrantes de países africanos e do Oriente Médio tentaram atravessar o Mar Mediter­râneo e alcançar a Europa. Eles fogem das guerras civis e do terrorismo que assolam suas terras e buscam alguma dignidade. O número é três vezes maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, segundo a Frontex, agência que controla as fronteiras da União Europeia. Mais assustadora é a quantidade de mortos, que ultrapassa os 3 mil. Em geral, os barcos usados nessas travessias não têm estrutura para lidar com as marés instáveis e também navegam superlotados, o que reduz ao mínimo as chances de chegarem à costa a salvo. Algumas organizações privadas e governamentais assumem a missão de salvar as pessoas nessas situações vulneráveis. Uma delas é a MOAS (“estação marítima de assistência para imigrantes”, em tradução livre). Criada pelo casal Regina e Christopher Catrambone, a fundação conta com um barco, o M.Y. Phoenix, e uma equipe de 20 pessoas a bordo, como profissionais dos Médicos sem Fronteiras, cozinheiros e marinheiros. A operação, iniciada em 2014, já salvou 8 mil pessoas, 5 mil delas só no período de maio a julho.

O americano Christopher e a italiana Regina moram em Malta, país do extremo sul europeu. Jovens (eles não revelam a idade, mas têm pouco mais de 30 anos) e donos de uma empresa multimilionária que oferece seguro e consultoria para negócios em áreas de risco, passeavam em um barco de luxo pelo Mediterrâneo em 2013 quando viram um colete salva-vidas boiando na água. “O comandante, ex-integrante das Forças Arma­das, explicou a situação dos imigrantes na região e que, provavelmente, o dono do colete não tinha conseguido completar sua viagem”, lembra Regina. Na mesma época, o casal assistiu a um discurso do papa sobre a crise migratória. Resolveram agir e, desde então, investem cerca de 450 mil dólares todo mês para manter a MOAS em ação. O site do projeto está aberto a doações e tem recebido, com frequência, pequenas quantias. Mais raras, no entanto, são as contribuições dos milionários que possuem casas e iates nessas regiões portuárias e veem a tragédia de perto.

Para encontrar barcos em perigo, a MOAS se vale do rádio, pelo qual mantém contato com o Centro de Coordenação de Resgate Marítimo de Roma, o MRCC, e dois drones, que varrem os mares. Quando localizam uma embarcação que precisa de socorro, se aproximam com botes menores e distribuem coletes salva-vidas e água. Os náufragos são transportados até a costa, onde são acolhidos por instituições italianas responsáveis pela imigração. “As crianças me emocionam mais”, conta Regina, mãe da adolescente Maria Luisa. “Não entendem o que está acontecendo, mas se sentem seguras dentro do nosso barco e, em pouco tempo, o sorriso volta ao rosto delas.”

Para entender melhor sobre o projeto MOAS, assista abaixo ao vídeo:

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