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5 lições de vida de Oprah Winfrey

"O Que Eu Sei de Verdade" (Sextante, 29,90 reais) é um "livro pessoal de revelações", como define a própria Oprah, uma das mulheres mais influentes do mundo. Confira uma seleção de cinco trechos.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 28 out 2016, 05h27 - Publicado em 27 out 2014, 22h00
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1. Está indecisa? Espere, não faça nada!

Quando você não sabe o que fazer, o melhor conselho que posso lhe dar é: não faça nada até as coisas se tornarem mais claras. Ficar em silêncio, ser capaz de ouvir a própria voz, e não as vozes do mundo a seu redor, ajudará você a alcançar a clareza mais rápido. Assim que decidir o que quer, comprometa-se com essa decisão. Uma das minhas citações favoritas é o trecho a seguir, do montanhista W. H. Murray:

“Enquanto você não estiver comprometido com algo, irá hesitar, querer desistir, e será sempre ineficaz. Em todos os gestos de iniciativa (e criação) reside uma verdade elementar que, quando ignorada, interrompe inúmeros planos e ideias magníficas: no momento em que você se compromete definitivamente com algo, a Providência também entra em ação. Diversas coisas acontecem para ajudá-lo, coisas que jamais teriam ocorrido de outra forma. Toda uma sequência de eventos inicia-se a partir dessa decisão, e você se vê beneficiado por todo tipo de incidentes inesperados, encontros e auxílio material com os quais nenhum homem sequer ousaria sonhar. Aprendi a ter um profundo respeito pelos seguintes versos de Goethe: ‘Se você pode fazer algo, ou sonha que pode, comece a fazê-lo. A ousadia traz inspiração, força e magia consigo’ “.

Decida-se e veja a sua vida progredir.


2. Medida anti-stress: mande o resto pastar

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Não sou nem de longe tão estressada quanto alguns podem pensar. Com o passar dos anos, aprendi a concentrar minha energia no presente, a ter plena consciência do que está acontecendo a cada momento e a não me preocupar com o que deveria ter acontecido, com o que está dando errado ou com o que pode vir em seguida. Por outro lado, como faço mil coisas ao mesmo tempo, se não tivesse minhas válvulas de escape, eu seria incapaz de funcionar direito – e talvez um pouco maluca também.

Todos precisamos recarregar as baterias de vez em quando. É por isso que, quando você não se dá a atenção e o cuidado de que precisa, seu corpo se rebela manifestando doenças ou fadiga. O que eu faço para recuperar as energias? Dificilmente passo um dia inteiro sem falar com Gayle (Gayle King, melhor amiga de Oprah Winfrey e editora-geral da sua revista, Oprah Magazine). Quase todas as noites, entro em uma banheira de água quente e acendo uma ou duas velas. Sei que pode soar cafona, mas se concentrar na chama de uma vela por alguns minutos, respirando fundo, é muito tranquilizante. Pouco antes de dormir, não leio nem assisto nada na TV que possa me deixar ansiosa – e isso inclui o noticiário. E, como não gosto de ter pesadelos, garanto um bom sono deixando para resolver durante o dia qualquer problema que tenha. Também mantenho um diário de gratidão e, depois que acabo de trabalhar, eu “baixo a bola” lendo um bom livro ou simplesmente ficando sozinha para me reencontrar com o meu cerne – ou, como gosto de dizer, “mandar o resto pastar”.


3. Uma definição para espiritualidade

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O que eu sei de verdade é que a vida não faz verdadeiro sentido sem um componente espiritual. O espírito, para mim, é a essência daquilo que somos. Algo que simplesmente existe, sem necessidade de nenhuma crença em particular. E o segredo para entrar em contato com essa essência é apenas estar consciente do momento presente. Essa é uma noção transformadora. Ela redefine o que significa estar vivo.

A espiritualidade pode ser algo tão comum – e ao mesmo tempo tão extraordinário – quanto concentrar toda a sua atenção em outra pessoa, sem pensar no que mais você precisaria estar fazendo naquele momento. Ou esforçar-se para fazer algo de bom ao próximo. Ou começar o dia com um momento de total silêncio. Ou acordar para sentir o cheiro do café, usando os sentidos para saborear o aroma, transformando cada gole no mais puro prazer e, quando já não for mais prazeroso, deixá-lo de lado. O que eu sei de verdade é que a luz entra na sua vida a cada respiração consciente. Respire com calma.


4. O poderoso princípio da intenção

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Embora já tivesse reconhecido havia tempo que era responsável pela minha vida, e que cada escolha que eu fazia gerava uma consequência, muitas vezes as consequências pareciam totalmente fora de sintonia com as minhas expectativas. Isso ocorria porque eu esperava uma coisa, mas minha intenção era outra. Meu desejo de tentar sempre agradar aos outros, por exemplo, gerava uma consequência indesejada: com frequência eu sentia que estavam se aproveitando de mim, que eu estava sendo usada e que as pessoas passavam a esperar cada vez mais de mim. Mas o princípio da intenção me ajudou a perceber que o problema não eram os outros; era eu. Então, decidi fazer apenas aquilo que partia do meu verdadeiro eu – e apenas aquilo que eu sentia prazer em fazer pelos outros. O que eu sei de verdade é que, seja qual for a sua situação atual, você teve um papel fundamental em criá-la para si. A cada nova experiência, você constrói sua vida, pensamento por pensamento, escolha por escolha. E por trás de cada um desses pensamentos e escolhas está a sua mais profunda intenção. É por isso que, antes de tomar qualquer decisão, faço a mim mesma uma pergunta fundamental: qual é a minha verdadeira intenção?


5. Cada presente dado leva um pouco de você

Todos já ouvimos que é melhor dar do que receber. Bem, o que eu sei de verdade é que também é muito mais divertido. Nada me faz mais feliz do que um presente bem dado e recebido com alegria. Posso dizer com honestidade que todos os presentes que já dei trouxeram pelo menos tanta felicidade para mim quanto para os presenteados. Eu os dou conforme manda meu coração. Ao longo do ano, isso pode significar enviar uma mensagem manuscrita de surpresa para alguém. Ou mandar um hidratante ótimo que acabei de descobrir. Ou um livro de poesia enfeitado com um belo laço. Não interessa o que seja: o que importa é quanto de você mesmo vai junto com o presente para que, depois que ele seja recebido, o espírito de sua intenção permaneça.

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Minha amiga Geneviève certa vez me deixou uma tigela de limões amarelos ainda com seus caules e folhas, recém-colhidos do seu quintal e amarrados com uma fita verde, diante da porta da minha casa, com um bilhete que dizia: “Bom dia”. O conjunto todo era tão bonito em sua simplicidade que, muito tempo depois de os limões murcharem, eu sentia o espírito do presente todas as vezes que passava pelo lugar onde tinha posto a tigela.

Agora, mantenho-a sempre cheia de limões para guardar a lembrança daquele “bom dia”.

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