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3 histórias que mostram que o amor fala mais alto que a tragédia

Famílias de vítimas dos ataques terroristas em Paris decidem combater ódio com porção dobrada de amor

Por Ana Carolina Castro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 out 2016, 21h06 - Publicado em 17 nov 2015, 15h04
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Namorado presta homenagem para jovem que morreu durante atentos em Paris

Centenas de pessoas se reuniram na Universidade Estadual da Califórnia, em Long Beach, no último domingo (15), para prestar homenagem à estudante Nohemi Gonzalez, de 23 anos, morta na sexta-feira durante os ataques terroristas em Paris.

Em um discurso emocionante, Tim Mraz, namorado de Nohemi há quase quatro anos, não pode conter as lágrimas. “Para quem não sabia, ela tinha uma tatuagem de Pocahontas no braço esquerdo. Ela sempre disse que eu era o seu ‘John Smith'”, disse ele à multidão, segundo a NBC Los Angeles.  Chorando sobre a foto da namorada, ele fez sua última declaração de amor. “Você estará sempre no meu coração. Eu te amo, amor.”

Extremamente abalado, Tim foi amparado por Jesse Hernandez, pai da vítima, após o discurso.

Durante as homenagens, professores e amigos relembram o espírito alegre e amoroso da jovem.  “Simplesmente não há palavras para expressar a profunda dor por essa perda”, disse Martin Herman, presidente do departamento de design. “Ela estava tão animada para estar em Paris. A voz de Nohemi, seu espírito brilhante, brincalhão, e seus ideais e esperança continuarão a inspirar e iluminar o departamento de design, sua família, a universidade e todos aqueles que tocou durante o curto espaço de tempo que esteve conosco”.

Nohemi fazia parte de um grupo de 17 estudantes que frequentam o Strate College of Design em Paris como parte de um programa de intercâmbio. Ela foi morta a tiros em um bistrô na sexta-feira à noite.  Todos os outros alunos companheiros de Nohemi estão em segurança.

 

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Marido de vítima deixa mensagem emocionante aos terroristas de Paris

Vítimas de ataques a Paris
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O jornalista Antoine Leiris perdeu a mulher nos ataques terroristas de sexta-feira (13), em Paris. Em sua conta no  Facebook, ele escreveu uma carta em que se dirige diretamente aos extremistas. De forma comovente, ele revela sua luta para conviver com a dor da perda, surpreendendo ao dizer que jamais sentirá ódio pelos responsáveis pela tragédia.

“Na sexta-feira à noite vocês roubaram a vida de um ser excepcional, o amor da minha vida, a mãe do meu filho, mas vocês não terão o meu ódio”, começa Antoine no texto que já foi compartilhado quase 100 mil vezes no Facebook.

“Não sei quem vocês são nem quero saber, vocês são almas mortas. Se este Deus por quem vocês matam cegamente nos fez à sua imagem, cada bala no corpo da minha mulher é uma ferida no seu coração. Por isso, não vos darei esse presente de odiar-vos. Vocês bem que o procuraram, no entanto, responder ao ódio com cólera seria ceder à mesma ignorância que faz com que vocês sejam aquilo que são. Vocês querem que eu tenha medo, que eu olhe desconfiado para os meus concidadãos, que eu sacrifique a minha liberdade pela segurança. Perderam. Continuaremos a agir da mesma maneira”, prossegue o jornalista da “France Bleu”.

Ao longo da carta, ele recorda quão doce e amorosa era a mulher por quem se apaixonou há 12 anos. Ele também fala sobre o filho, de apenas 17 meses, que ela deixou. “Nós seremos mais fortes que todos os exércitos do mundo (…) Ele tem 17 meses, vai lanchar como faz todos os dias, vamos brincar como fazemos todos os dias e ao longo de toda a sua vida este rapaz vos fará a afronta de ser feliz e livre. Porque não, vocês nunca terão o meu ódio”, escreveu.

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Pai e filho emocionam com um diálogo sobre ataques terroristas

Ataques a Paris
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Durante uma entrevista ao Le Petit Journal, um pai protagonizou um diálogo emocionante com o filho.

Ao ser questionado pelo repórter se entendia o que havia acontecido, o garotinho afirmou que graças aos “homens maus” eles teriam que mudar de casa. Ao que logo foi interrompido pelo pai. “Não teremos que nos mudar. A França é nossa casa”, disse.

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Filho :“Mas tem esse homens ruins, papai…”

Pai: “Sim, mas há homem malvados em todo lugar”

Filho: “Eles têm armas. Eles atiraram em nós porque são realmente maus, papai”

Pai: “Tudo bem. Eles podem ter armas, mas nós temos flores”

Filho: “Mas flores não podem fazer nada. Elas são para, elas são para…”

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Pai: “É claro que elas fazem. Veja, todos estão colocando flores. É para lutar contra as armas”

Filho: “É para proteger?”

Pai: “Exatamente!”

Filho: “E as velas também?”

Pai: “Sim. São para nos lembrarmos das pessoas que se foram ontem”

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Filho: “As flores e velas estão aqui para nos proteger?”

Pai: “Sim”

Repórter: “Você se sente melhor agora?”

Filho: “Sim, eu me sinto melhor”

Assista o vídeo:

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