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WGSN: A moda define a forma feminina em termos muito limitados

Até agosto de 2016, apenas 18% das marcas ofereciam peças acima do tamanho 46

Por WGSN
Atualizado em 20 jan 2020, 17h17 - Publicado em 29 mar 2017, 17h45
 (LAB/WGSN)
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Desde os anos 80, o Brasil tem uma forte cultura voltada para o corpo e uma indústria da moda que define a forma feminina em termos muito limitados. Durante anos, a maioria das marcas e dos varejistas brasileiros não produzia roupas plus size, e algumas até alegaram que estes clientes não se adequam ao estilo de vida da marca. Até agosto de 2016, apenas 18% das marcas ofereciam peças acima do tamanho 46.

No entanto, com 52,5% da população brasileira atualmente acima do peso e o aumento dos protestos nas mídias sociais contra os padrões impostos, as marcas não podem mais ignorar este grupo de consumidores.

Um estudo recente do Sebrae revelou que 91,4% dos consumidores plus size sentem que os vendedores nas lojas evitam ajudá-los. A fim de melhorar a experiência de compras, Sylvia Sendacz e Cristina Horowicz fundaram o e-commerce Flaminga. A loja revende mais de 50 marcas de moda plus size, incluindo roupas, peças íntimas, roupas de banho e calçados customizados. Outro exemplo semelhante é o e-commerce Rouge Marie, que lançou uma loja de rua temporária em meados de 2016 para que os clientes que não confiam muito em comprar online pudessem experimentar as roupas antes de comprá-las.

fluvia lacerda
A modelo Fluvia Lacerda ()

 

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Um dos problemas na indústria de roupas do Brasil é a falta de regulamentação em termos de tamanho, o que impacta o segmento plus-size ainda mais. A blogueira Glenda Cardoso, da Curvilineos, luta para padronizar os tamanhos plus-size no país e dar os consumidores que compram online mais certeza na hora da compra.Conhecida como a ‘Gisele plus-size’, Fluvia Lacerda é uma das modelos plus size mais requisitadas do mundo, tendo 160 mil seguidores no Instagram. Fluvia criou uma coleção especial para a Flaminga, que vendeu até a última peça.

Juliana Romano
Juliana Romano ()

A indústria da música também produz influenciadoras. A rapper MC Carol e a cantora Gaby Amarantos são porta-vozes fortes que questionam as atitudes contra o tamanho. A capa da revista TPM com Gaby Amarantos trazia a manchete: “Eu não visto 38. E daí?” A cantora Anitta trouxe um grupo de dançarinas plus-size para seus últimos shows. Outros nomes conhecidos são a blogueira Ju Romano, que foi capa da Elle Brasil no início de 2016, e Bia Gremion (manequim 60), que estreou nas passarelas para a marca LAB, do rapper Emicida.

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