Greenpeace lidera polêmica contra Zara, e empresa se compromete a fazer um “detox” em seus produtos
A ONG acusa a cadeia de vestuário de utilizar produtos químicos que interferem na maneira como os hormônios naturais atuam no corpo humano
Hotsite da campanha do Greenpeace
Foto: Reprodução
Hotsite da campanha do Greenpeace
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Hotsite da campanha do Greenpeace
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A Acusação
O Greenpeace lançou uma polêmica campanha online exigindo que a Zara se comprometa a um processo de desintoxicação em seus produtos. O comunicado oficial da ONG atesta:
“Chega de vítimas da moda
Produtos químicos perigosos foram encontrados em certos itens de vestuário da ZARA. Alguns desses químicos se modificam no meio ambiente e formam substâncias que interferem na maneira como os hormônios naturais atuam no corpo humano. Muitas vezes esses produtos são lançados em cursos d’água em todo o mundo. Vestígios de substâncias cancerígenas que são liberadas a partir de corantes também foram identificados nas amostras.
Acreditamos que a moda não precisa poluir. Grandes marcas como H&M e Marks and Spencer já se comprometeram a limpar suas cadeias de fornecimento e a se desintoxicar. Mas até agora a ZARA, a maior varejista do mundo, permanece em silêncio.“
A resposta da ZARA
Depois da repercussão da campanha, a Inditex, dona do grupo Zara, emitiu um comunicado se comprometendo a eliminar toda emissão de produtos químicos em sua cadeia de produção até 2020. E ainda pretendem se livrar de alguns dos piores produtos químicos, como PFC, ainda mais cedo. Considerando que o grupo é um usuário significativo de PFC no mundo, o compromisso da Zara de eliminar este grupo químico até o final de 2015 é um grande avanço.
“O Greenpeace parabeniza a Zara pelo compromisso de fazer moda sem poluir. Se a maior varejista de moda do mundo pode mudar, não há desculpa para que as outras marcas não limpem suas cadeias de produção“, afirmou Martin Hojsik, Coordenador da Campanha Detox do Greenpeace Internacional.